IV
- ESPIRITISMO APLICADO.
“Que
o homem utilize o Espiritismo para o seu adiantamento moral, é o essencial; o
resto não é senão curiosidade estéril e, frequentemente, orgulhosa, cuja
satisfação não lhe fará dar nenhum passo à frente; o único meio de avançar é o
de tornar-se melhor”. (O Livro dos Médiuns - Primeira Parte - Cap. IV)
A
finalidade precípua do Espiritismo é melhorar o Homem.
Todos
os seus esforços devem concentrar-se neste sentido.
Aquele
que deseje desenvolver as suas potencialidades medianímicas, canalizando-as
para o bem, deve aprimorar-se interiormente, aplicando o Espiritismo à sua própria
vida.
Mediunidade
sem Doutrina é uma luz que deslumbra.
Muitos
ambicionam pelo mundo da mediunidade, aspirando a revelações para as quais não
se encontram preparados.
A
Revelação Espírita é gradativa e acompanha o progresso da humanidade.
Todavia
Existem espíritos que, servindo-se de Médiuns invigilantes, intentam acompanhar
ao corpo doutrinário teorias esdrúxulas e absolutamente pessoais.
Exercendo
certo fascínio sobre os instrumentos que controlam, esses Espíritos pseudossábios
não integram a Falange do Espírito de Verdade e como que desejam fragmentar
opiniões, criando sistemas paralelos e semeando a discórdia entre os homens.
Espelhemo-nos
no que aconteceu com o Cristianismo e busquemos zelar pela codificação,
imitando o bom-senso do codificador, o qual cumpriu com fidelidade a missão que
lhe foi confiada diretamente pelo Senhor.
Os
espíritas têm, presentemente, material de reflexão para muito tempo. Considerar
ultrapassadas e obsoletas as obras que mal saíram do prelo é, no mínimo, falta
de discernimento. A Verdade será sempre a Verdade, em qualquer tempo e lugar.
Muitos
se têm embrenhado pelos atalhos da curiosidade, comprometendo-se
significativamente.
É
preciso ainda que o homem considere o seu próprio carma. Sem que se liberte do
passado, pelas oportunidades do presente, caminhará atabalhoadamente para o
futuro...
Nenhuma
construção sólida se ergue em terreno arenoso.
A
estrada da evolução deve ser percorrida passo a passo.
Passados
vinte séculos, O Evangelho continua sendo a grande “novidade” para o homem que
não lhe vivencia os preceitos divinos. Os Exemplos dos primitivos cristãos
parecem cada vez mais distantes da civilização atual. Mas a dor se encarregará
de fazer com que o homem retorne às suas origens, compreendendo que de “nada
lhe vale ganhar o mundo e perder a alma”...
O
Espiritismo caminha com segurança, porque o Evangelho lhe tutela a marcha.
Que
os médiuns combatam o personalismo e não queiram forçar as portas da revelação
espiritual.
Recordemo-nos
da palavra do Mestre; “Procurai, pois, primeiramente o reino de Deus e sua
justiça, e todas essas coisas vos serão dadas por acréscimo”.
O
melhoramento moral é tarefa inadiável e intra-sofrível.
A
medida do merecimento recebemos.
Reconhecer
as próprias limitações é sabedoria.
Aquele
que cogita de desenvolver a mediunidade e servir dentro do esquema traçado pelo
senhor de nossas vidas deve despojar-se de ambições pessoais e, qual João
Batista, O Precursor da Boa-Nova, repetir de si para consigo mesmo: “É necessário
que ele cresça e que eu diminua”.
Fonte: Livro Mediunidade e
Doutrina - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 1o.
Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP - 1990.
RHEDAM.
(rhedam@gmail.com)