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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA. Nº. 17. - MÉDIUNS E MEDIUNIDADE. - ANEXO Nº. 48.- FÉ RACIOCINADA. - ODILON FERNADES. (CARLOS A BACELLI.)


                                               III - FÉ RACIOCINADA.

            “Os meios de convicção variam extremamente segundo os indivíduos; o que persuade alguns, não produz nada nos outros; tal é convencido por certas manifestações materiais, tal outro por comunicações inteligentes, a maioria pelo raciocínio”. (O Livro dos Médiuns - Primeira Parte - Cap. III)

               Equivocam-se quantos acreditam que o fenômeno possa convencer mais do que o raciocínio.
               O fenômeno é um meio e não um fim em si mesmo.
             Os que se convencem pelo fenômeno poderão vir a reconsiderar a própria crença, ao passo que nada conseguirá abalar a convicção dos que se fundamentam nos alicerces inamovíveis da razão.
            Os fenômenos ditos mediúnicos são de todos os tempos. Manifestações de espíritos sempre ocorreram e nunca lograram mais do que convencer momentaneamente as pessoas. Passado o primeiro entusiasmo, a dúvida volta com todo o seu rigor.
             Por isso o Espiritismo dirige a sua mensagem àqueles que, antes de crer, desejam compreender.
            Embora as manifestações de caráter ostensivo continuem todo o seu lugar, hoje vivemos a fase das comunicações inteligentes, mesmo porque, em seu dinamismo natural, a Doutrina carece de estar acompanhando a marcha do progresso da Humanidade.
            O médium espírita não deve preocupar-se em ser um instrumento de convicção para quem quer que seja.
            A fé é fruto que amadurece na época certa; acontece de dentro para fora e não de fora para dentro.
            Os médiuns que desejam fazer proselitismo acabam prestando um desserviço ao Espiritismo. No fundo, é preciso que o médium pergunte a si mesmo qual é a sua verdadeira intenção na mediunidade, por que muitos desejam simplesmente autopromover-se.
            Os médiuns levianos pululam na atualidade e, de certa forma, chegam a comprometer o trabalho dos médiuns sérios, fornecendo uma imagem distorcida da Doutrina para aqueles que ainda não possuem o desejável discernimento.
            Hoje, infelizmente, há uma preocupação muito grande com a quantidade dos adeptos e não com a qualidade. Mas perguntaríamos: todos os que são atraídos pelo fenômeno se tornarão espíritas? Todos os que recebem passes ou seus benefícios de algum modo no Centro Espírita de elevada freqüência estarão sendo esclarecidos quanto aos reais objetivos da Terceira revelação?
            Pode-se questionar o fenômeno, e até o próprio médium, o que ocorre até certa freqüência mas a grandeza cristalina da filosofia espírita é inquestionável.
            Ao longo de mais de um século, médiuns tem sido flagrados na má-fé, no entanto, o Espiritismo continua a sua trajetória, porque nem mesmo os espíritas invigilantes conseguem impedir o seu avanço, assim com os adulteradores do Evangelho não conseguiram obstruir a mensagem cristã!
            Que os médiuns cumpram, silenciosamente, o seu dever, recordado-se das palavras de Paulo, em sua Primeira Carta aos coríntios: “Eu plantei! Apolo regou; mas o crescimento veio de Deus”.

Fonte: Livro Mediunidade e Doutrina - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 1o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP - 1990.

                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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