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terça-feira, 22 de outubro de 2019

- MENSAGEM E PENSAMENTOS PARA A MULHER. - N º. 288. - EVOLUÇÃO DO INSTINTO SEXUAL - FASES EVOLUTIVAS DO INSTINTO SEXUAL. - WALTER BARCELOS.


EVOLUÇÃO DO INSTINTO SEXUAL.

FASES EVOLUTIVAS DO INSTINTO SEXUAL.

Vejamos um pequeno comentário de cada uma das fases evolutivas do instinto sexual.
DESEJO
É a forte atração do instinto sexual entre o homem e a mulher, sem a existência da afeição.
O desejo sexual é a força de atração única, unindo as criaturas, como no mundo animal.
Passado este impulso de atração, mediante a satisfação dos instintos sexuais, há o afastamento natural no relacionamento do casal.
POSSE
É a união sexual entre o homem e a mulher, onde o desejo já está acrescido da afetividade. Essa afeição apresenta o amor exclusivista, o amor egoísta, o amor possessivo. O parceiro ou a parceira quer, a todo custo, vigiar, exigir, dominar e aprisionar a si mesmo, dentro de seus caprichos, a pessoa amada. É aqui que surgem o ciúme, a tirania e as exigências do coração desorientado. Em virtude da pobreza moral das criaturas humanas, é muito difícil abandonar esta fase sombria da afeição doentia.
“No Mundo Maior” nos apresenta as dificuldades que se manifestam nesta fase:  “Muito poucas atravessam a província da posse sem duelos cruéis com os monstros do egoísmo e do ciúme, aos quais se entregam desvairadamente” 
SIMPATIA
É a permuta de afeição sincera, profunda e permanente entre duas almas. E a afinidade de idéias, sentimentos e ideais de almas que se atraem e se combinam. Há uma alegria interior de depositar confiança na criatura eleita do seu coração.
Simpatia é o resultado da afeição trabalhada nos milênios. Muitas almas plantam mais simpatia do que o outro parceiro ou parceira, em virtude de sua noção de responsabilidade afetiva, sua sinceridade de coração e virtudes já conquistadas. A simpatia constrói o amor-amizade, que é o alicerce de toda união conjugal. André Luiz nos explica os elementos básicos da amizade verdadeira na união matrimonial:
“A amizade pura é a verdadeira garantia da ventura conjugal. Sem os alicerces da comunhão fraterna e do respeito mútuo, o casamento cedo se transformará em pesada algema de forçados do cárcere social.” 
CARINHO
Desdobra o seu sentimento amoroso e sincero, com toda a ternura, delicadeza, cuidados, zelo e respeito com a pessoa amada, não somente quanto ás necessidades físicas, mas principalmente quanto às da alma.
O carinho verdadeiro alcança muito mais o Espírito do que o corpo físico da criatura amada. A personagem Lívia, de elevada condição espiritual, em o livro “Ave, Cristo”’ nos fala sobre a pureza dos sentimentos:
“O afeto, a confiança e a ternura, a meu ver, devem ser tão espontâneos quanto as águas cristalinas de um manancial.” 
DEVOTAMENTO
Nesta posição de sentimento, o homem ou a mulher já ultrapassaram os limites confortadores do carinho. Procuram doar o seu amor, através do esforço constante, não somente nas horas fáceis e alegres, mas também nos trabalhos, problemas e dificuldades, para levar ao cônjuge e à equipe doméstica os bens inapreciáveis da alegria, da paz, da boa vontade, do conforto material e espiritual.
O grande devotamento é o alicerce para a manifestação inicial da renúncia.
RENÚNCIA
É a afeição santificada, e a alma está enriquecida pela luz do entendimento.
Sabe ceder em qualquer circunstância, vivendo o silêncio para dignificar e elevar bem alto o amor e a verdade em Deus.
Nunca espera recompensa.
Entre os espinhos da incompreensão, crueldade e abandono, vive a alegria interior de cumprir com os seus sagrados deveres, em obediência à vontade de Deus.
O coração que renuncia cede de si mesmo, para que a liberdade dos entes queridos não sofra prejuízo de qualquer procedência. Possui a doce caridade de compreender a criatura amada, não somente a entende em suas lutas, dificuldades e imperfeições, mas procura ampará-la pelo desprendimento de seus próprios desejos, percebendo que a alegria, a paz e a felicidade do cônjuge são o seu próprio bem.
Não dispensa o uso da energia e da firmeza para se manter nos princípios elevados, dentro dos padrões morais do Evangelho de Jesus.
O ponto máximo da renúncia é o começo do sacrifício.
(Trecho inspirado nos livros: “Boa Nova” e “Irmão X” — F. C. Xavier — FEB — Lição: 12 — Amor e renúncia e “instruções Psicofônicas” — Espíritos Diversos — F. C. Xavier— FEB — Lição: Renúncia.)
SACRIFÍCIO
O exercício permanente da renúncia divina leva ao sacrifício da própria vida pela Humanidade.
É a renúncia profunda da alma que coloca todos os valores do coração a serviço dos semelhantes, para construir a felicidade de todos.
Seu coração não vive mais para si, não consegue projetar desejos para si, pois coloca o amor à Humanidade em primeiro lugar.
É incansável nos seus trabalhos, multiplica suas forças físicas, morais e espirituais, a fim de ser útil sempre.
Tendo tudo para acolher-se ao bem próprio, procura, acima de tudo, o bem para todos.
É aquela alma que, podendo exigir, não exige, podendo pedir não pede, podendo complicar em busca de seus justos direitos, não complica.
Não pára de servir em circunstância alguma. Transforma a dor da incompreensão das criaturas mais queridas em um cântico de humildade.
Suas dores já não são dores, pois transubstanciou-as na doce alegria de servir com DEUS pela alegria dos semelhantes. A maior manifestação de sacrifício pela Humanidade, em todos os tempos da Terra, é inegavelmente a personalidade divina de JESUS-CRISTO.
(Trecho inspirado no livro “Religião dos Espíritos” — Emmanuel — F. C. Xavier — FEB — Lição 79: Abnegação.)
     
                                                                                  WALTER BARCELOS.

Fonte: Livro “SEXO E EVOLUÇÃO” - Walter Barcelos - 4a. Edição - Editora FEB. - Rio de Janeiro, RJ. Setembro 1995.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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