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terça-feira, 28 de maio de 2019

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA N º.17. - MÉDIUM E MEDIUNIDADE. - ANEXO N º 272. - MEDIUNIDADE VAIDOSA. - MIRAMEZ. (JOÃO NUNES MAIA.)


       MEDIUNIDADE VAIDOSA.

O maior cuidado que possas ter com tuas faculdades mediúnicas ainda será pouco, já que elas estão sujeitas a diversos desvios, se não forem orientadas pelo mais puro senso de honestidade e vibrantes num amor que ultrapasse todas as exigências.
A mediunidade cheia de ostentação carrega consigo o ambiente pernicioso do engano e alimenta-se sempre na fonte do desespero e da hipocrisia. O dom mediúnico é um tesouro que não foi achado por acaso nos escaninhos da alma, mas conquistado, passo a passo, nos duros processos da evolução do Espírito, onde as mãos de Deus semearam os princípios vivos do amor. Cristo é o jardineiro desses bens imperecíveis, que nos acompanham eternidade afora. É nesse entender que declaramos que a mediunidade não precisa de subterfúgios, de acessórios, de coisas perecíveis para a sua sustentação em todos os campos da vida imortal. O que convém a esse exercício divino é a divina presença do amor, com todas as suas divisões do bem.
Meu filho, se estás desenvolvendo os teus talentos, não podes esquecer-te de que eles estão, de certa forma, ligados às maiores sensibilidades da natureza divina e humana. Estás mexendo em áreas onde a vida se irradia com grande expressão e é necessário que os teus sentimentos sejam educados na escola do bom senso evangélico. Se te dispuseste a caminhar com o Cristo, a princípio encontrarás somente espinhos. Os inimigos te cercarão por todas as estradas e as ofensas serão muitas, no sentido de fazer-te desistir das reformas que deverão converter o teu proceder. São testes, testemunhos, que deverão passar como marcas de Jesus em teu coração desejoso de melhorar e se engrandecer no aprendizado.
A senda da iniciação corresponde a fardos pesados que o aprendiz deve transportar com coragem e fé. Muitos dos nossos companheiros, quando já estão no final das provas, desistem, entregando-se às hostes do mal e deixando para depois a caminhada nas estradas estreitas.
Deves ter cuidado com a vaidade. Ela é sutil, nos caminhos do iniciado e, muito mais, no iniciando. Mais ainda, ela tem o poder de transformação, para não ser reconhecida como tal. Foge do alarde do que fazes de bom. Não há necessidade de seres reconhecido como bom, como caridoso. A nossa obrigação dispensa toda espécie de vangloria, principalmente a autovalorização. Nós somos o que somos e nada mais. O presunçoso morre antes do tempo e é desmoralizado pelos seus próprios enganos.
Todos somos iguais perante Deus, e só Ele precisa saber o que fazemos com nossas faculdades. O Todo Poderoso nos vê e nos escuta fora e dentro de nós, sem que O percebamos. Fora, pelos processos do eter cósmico, que tudo registra e, dentro, pela sensível câmara da consciência, onde fica bem guardado pela vigilância do coração.
Conhecendo essas verdades, o que devemos fazer da vida? Somente o que Jesus nos ensinou:
Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a nós mesmos. Estamos juntos com os homens trabalhando há muito tempo, desejosos da restauração de todos nós, encarnados e desencarnados.
Falamos dos perigos da mediunidade, mostrando os caminhos que deves palmilhar, tirando esses convites de experiências vividas. Mas também mostramos as glórias advindas delas, quando o seu portador acompanha Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é o preceptor divino que não nos deixa perder os caminhos da felicidade.
O homem está começando a sentir a luz. Não te é mostrado mais porque podes perder a visão, diante da exuberância das claridades. A evolução é gradativa, como os degraus de uma escada. Lembremo-nos de Paulo de Tarso, no deserto, reconsiderando as nossas necessidades de caminhar passo a passo, para sentirmos um aprendizado seguro.
A vida insiste em nos ensinar, por milhares de meios e métodos variados, sem esmorecimento nem cansaço e não deseja que violentemos os nossos próprios direitos. O período da vaidade já passou; os aprendizes de Cristo não precisam mais dela, porque ela tende a mudar as nossas intenções e a distorcer os nossos sentimentos.
Podes estar conversando com alguém e exercitando a mediunidade da palavra, semeando na mente de quem te ouve o que desejas. Mas e bom que penses que as sementes são de responsabilidade do semeador, que colherá, com justiça, o devido plantio.
Se ainda não aprendeste a conversar com amor, fala somente o necessário, porque a boca é uma arma poderosa, mas pode ser uma força do bem incomparável, onde o Cristo poderá estar presente em todas as modulações do verbo. E não te esqueças de banir do teu trabalho mediúnico o agente corrosivo da vaidade.
           
Livro: “SEGURANÇA MEDIÚNICA”, - MIRAMEZ., - Psicografado por João Nunes Maia, - 12 ª edição, - Editora Fonte Viva, - BELO HORIZONTE, MG, - 1998..

                        RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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