EMMANUEL.
Na
criação não há pedido sem resposta.
O
que parece, por vezes, silêncio e negação em torno da rogativa, é o próprio
desinteresse da alma que, quase sempre, entre a inquietação e a leviandade,
voeja de solicitação a solicitação, sem persistência bastante para alimentar os
próprios anseios no tempo – de vez que o tempo é o matemático divino que não
podemos esquecer ou iludir.
Atenta,
pois, para o que pedes porque se o Senhor sabe aquilo que nos convém, raramente
conhecemos, em verdade, aquilo de que necessitamos.
Todos
se prosternam perante o altar da vida e algo suplicam do que consideram
material imprescindível à própria felicidade.
Muitos
pedem ouro e recebem a fortuna emoldurada nas garras da aflição.
Muitos
reclamam beleza física e recolhem-lhe os dons de mistura com fel de dolorosas
desilusões.
Muitos
imploram o poder humano e apossam-se dele, incorporando, irremediavelmente,
pesadelos à própria sorte.
Muitos
rogam a evidência social e escalam-lhe os dourados galarins, passando a
respirar o hálito envenenado do desencanto e da morte.
Muitos
pedem o louvor da inteligência e adornam-se com a fama, penetrando, contudo, em
pavorosos sorvedouros de angústias.
Acharemos
o que buscamos.
A
reação será invariavelmente o reverso da ação.
Quem
deseja sente.
Quem
sente pensa.
Quem
pensa realiza.
Saibamos,
assim, selecionar os nossos impulsos, porquanto a Eterna Bondade estrutura para
a nossa existência o programa que mais nos favoreça a própria edificação.
Cumpramos
nosso dever, puro e simples, onde estivermos, seja no reduto doméstico ou no
campo social, à frente dos nossos familiares ou dos nossos desafetos,
oferecendo-lhes todo o bem ao nosso alcance, e a obrigação corretamente
atendida será o degrau de nossa ascensão aos planos mais altos.
Por
isso mesmo, em qualquer problema da oração, não nos esqueçamos que a Vontade
Sábia e Justa do Pai Celestial, em nosso favor, deve ser executada com o nosso
melhor concurso, assim na Terra como nos Céus.
(Psicografia
do médium Francisco C. Xavier, extraída da obra “A LUZ DA ORAÇÃO”, Ed. Clarim.)
Fonte:
Revista Informação. – Nº. 61. – Dezembro de 1981.
RHEDAM.
(mzgcar@gmail.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário