O
LIVRO DOS MÉDIUNS.
SEGUNDA
PARTE.
CAPÍTULO XIV.
DOS
MÉDIUNS
MÉDIUNS PNEUMATÓGRAFOS
177.
Dá-se este nome aos
médiuns que têm aptidão para obter a escrita direta, o que não é possível a
todos os médiuns escreventes. Esta faculdade, até agora, se mostra muito rara.
Desenvolve-se, provavelmente, pelo exercício; mas, como dissemos, sua utilidade
prática se limita a uma comprovação patente da intervenção de uma força oculta nas
manifestações. Só a experiência é capaz de dar a ver a qualquer pessoa se a
possui. Pode-se, portanto, experimentar, como também se pode inquirir a
respeito um Espírito protetor, pelos outros meios de comunicação. Conforme seja
maior ou menor o poder do médium, obtêm-se simples traços, sinais, letras,
palavras, frases e mesmo páginas inteiras.
Basta de ordinário colocar uma folha de papel dobrada num lugar
qualquer, ou indicado pelo Espírito, durante dez minutos, ou um quarto de hora,
às vezes mais. A prece e o recolhimento são condições essenciais; é por isso
que se pode considerar impossível a obtenção de coisa alguma, numa reunião de
pessoas pouco sérias, ou não animadas de sentimentos de simpatia e
benevolência. (Veja-se a teoria da escrita direta, capítulo VIII, Laboratório
do mundo invisível, no 127 e seguintes, e capítulo XII, Pneumatografia.)
Trataremos de modo especial dos médiuns escreventes nos capítulos que se
seguem.
Nota da
Editora (FEB) — No original francês está no grifo.
“Torpilles humaines” (Vide
página 240). Torpille é um peixe semelhante à raia, ou arraia, que
tem órgãos capazes de emitir descargas elétricas. É o peixe-torpedo, à
seme1hança das denominações que damos, de “enguia-elétrica” ou
“peixe-elétrico”, ao peixe poraquê amazônico.
Fonte, “Livro dos Médiuns“, Allan Kardec, da 18º. edição, abril de 1991, do
Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.
Nenhum comentário:
Postar um comentário