CHICO XAVIER POR ELE
MESMO.
UMA
VIDA COM AMOR XX.
UBIRATAN
MACHADO.
Naquele fato político-administrativo haveria uma
predestinação. Uma espécie de uma espécie de determinação do Além. E a profecia
de Dom Bosco era lembrada a três por dois. Para os espíritas, que viam essa
tese com especial agrado, tão importante quanto a transferência da capital fora
a mudança de Chico Xavier de Pedro Leopoldo para Uberaba. Mudava-se a capital
espírita do Brasil.
Ao contrario da pequenina terra natal de Chico, Uberaba era
uma cidade média com 100 mil habitantes. E rica. Zona de gado, em vias de se
tornar importante centro universitário. Logo, por suas ruas amplas e extensas,
começou a se notar um inusitado afluxo de carros de todos os estados. Uberaba,
porém, não era uma Pedro Leopoldo. E o movimento de estranhos se diluía ma vida
mais ou menos intensa da cidade. Não dava para se perceber grandes diferenças.
Mas quem se dirige para a Rua Eurípedes Barsanulfo, já um
tanto afastado do centro, poderia constatar como a cidade estava cheia de
visitantes. Naquele endereço, funcionava a Comunhão Espírita Cristã, onde as
sextas feiras, Chico atendia ao público.
O movimento de visitantes foi intenso desde a chegada de
Chico, mas, no inicio, os uberabenses olhavam com indisfarçável curiosidade seu
novo e mais famoso habitante. Aos poucos, no entanto, a curiosidade foi sendo
substituída por carinho orgulhoso. E, como num reconhecimento a sua
simplicidade, o médium passou a ser chamado por todos de Tio Chico.
Chico Xavier vivia em Uberaba com a mesma simplicidade com
que vivera quase meio século em Pedro Leopoldo, cumprindo rigorosamente suas
obrigações mediúnicas e profissionais. Funcionário exemplar, nunca falhou ao
serviço. Mas os problemas com os olhos começaram a se acentuar de maneira
grave. E, em 1963, após trinta anos de serviços prestados como auxiliar de
serviço da antiga Inspetoria Regional do Serviço de Fomento da Produção Animal,
aposentava-se na categoria de escriturário, nível 8, por incapacidade.
Aposentado no Estado, manteve-se ativíssimo no serviço
espiritual. Continuava psicografando madrugada adentro. Dessa forma, pôde
manter a média de publicação de três livros por ano. Sem deixar de atender quem
quer que fosse procurá-lo.
*
Fonte: - “CHICO XAVIER Por Ele
Mesmo. – Autores Diversos, - 1 ª. edição, - Editora Martin Claret Ltda, - São
Paulo, SP, - Outubro de 1994.
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