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terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

- APRENDENDO COM CHICO XAVIER. - N º. 231. - UMA VIDA COM AMOR XXII. - UBERABA, A CAPITAL DO ESPIRITISMO III. - UBIRATAN MACHADO.


         CHICO XAVIER POR ELE MESMO.

                UMA VIDA COM AMOR XXII.

UBERABA, A CAPITAL DO ESPIRITISMO III.

                                                                       UBIRATAN MACHADO.

         Como tanta gente, para chegar até o médium dona Júlia cumpria uma autentica maratona. O movimento nas proximidades da Comunhão inicia-se do meio dia, quando começam chegar os mais precavidos. A fila vai se formando, sob o sol forte do Triângulo. Há gente de todo tipo, cor, condição social. Desesperados, fiéis, carecidos, curiosos.
         Aos poucos a confusão vai aumentando, acabando com a tranqüilidade do bairro pacato. Centenas de carros de todos os estados buzinam, em busca de m local para estacionar. Os guardas apitam, procurando orientar os veículos. Há choro de crianças, lamento de velhos e doentes, pregões de vendedores. Os quarteirões qe circunda a rua Eurípedes Barsanulfo tornam-se pequenos para conter a multidão, ansiosa para ver e falar com o médium.
         Oito horas da noite. Abrem-se, afinal as portas da Comunhão, um imenso galpão, onde podem caber de 800 a 1000 pessoas. As imensas filas começam a se deslocar. Empurrões, atropelamentos. Não fosse a presença mágica de Chico e a coisa degeneraria em confusão. Mal entram no salão, porém, o entusiasmo ruidoso se transforma em admiração estática. Chico está sentado na cabeceira de uma mesa comprida. O traje é formal, terno, camisa esporte abotoada, sem gravata. As lentes escura dos óculos são muito grossas. O homem é feio, mas sorri, sorri sempre, e dele parece irradiar-se uma estranha paz.
         A euforia se apossa de todos. Os que estão mais atrás na fila põem-se nas pontas dos pés, esticam o pescoço como gansos. Em geral, o calor sufoca. Mas ninguém parece sentir nada. A medida que se aproxima o momento de pegar na mão de Chico, o beijá-lo, se possível, todos se sentem serenos.
         Após a prece e a leitura do Evangelho, Chico vai para uma saleta psicografar psicografar as receitas dadas pelo espírito de Bezerra de Menezes. Enquanto isso, dona Dalva Borges, auxiliar de Chico, inicia a sessão de palestras. A expectativa domina os fiéis, anciosos por receber algumas mensagem do Além.
         O burburinho das preces ainda enche o ambiente quando Chico retorna ao salão. Senta-se diante da imensa mesa, tira os óculos e começa a se concentrar.
         Ouve-se o silêncio. De vez em quando, o espocar do flash de algum fotógrafo.
         Cabeça baixa, olhos fechados, o médium passa as mãos na testa, como se estivesse dando um passe em si mesmo. Após alguns minutos de concentração, cobre os olhos com a mão esquerda e, com velocidade espantosa, vai enchendo páginas em brando. São mensagens em prosa ou em verso, de conteúdo filosófico o doutrinário.
         Chico reúne as folhas e passa a ler as mensagem numa vozinha fina, baixinha. Os fiéis aguçam os ouvidos. São quase onze hora da noite. A reunião já terminou, mas o médium, com sua invencível paciência, fica de pé até as três horas da madrugada. Respondendo a todos com carinho, distribui abraços e apertos de mão, sorri para ser fotografado,   

            Fonte: - “CHICO XAVIER Por Ele Mesmo. – Autores Diversos, - 1 ª. edição, - Editora Martin Claret Ltda, - São Paulo, SP, - Outubro de 1994.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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