SEARA DOS MÉDIUNS.
NA GLÓRIA DO CRISTO.
Reunião pública de 29-02-1960. –
L. M. Questão n º. 46. - $ 7 º.
Se entre as vidas magnificentes da
Terra uma existe, na qual a mediunidade aparece em todas as características,
essa foi a vida gloriosa do Cristo.
Surge o Evangelho do contacto com os
dois mundos.
Zacarias,o sacerdote, faz-se
clarividente de um instante para outro e vê um mensageiro espiritual que se
identifica pelo nome de Gabriel, anunciando o nascimento de João Batista.
O mesmo Gabriel, na condição de
embaixador celestial, visita Maria de Nazaré e saúda-lhe o coração lirial,
notificando-lhe a maternidade sublime.
Nasce, então, Jesus sob luzes e
vozes dos Espíritos Superiores.
Usando o magnetismo divino que lhe é
próprio, o Excelso Benfeitor transforma a água em vinho, nas bodas de Canaá.
Intervém nos fenômenos obsessivos
de variada espécie, nos quais as entidades inferiores provocam desajustes
diversos, seja na alienação mental de do obsidiado de Gadara ou na exaltação
febril da sogra de Pedro.
Levanta corpos cadaverizados e
regenera as forças vitais dos enfermos de todas as procedências.
Apazigua elementos desordenados da
Natureza e multiplica alimentos para as necessidades do povo.
Sonda os ideais mais íntimos da
filha de Magdala, quanto lê na samaritana os pensamentos ocultos.
Conversa, ele mesmo, com
desencarnados ilustres, no elmo do Tabor, ante os discípulos espantados.
Avisa Pedro que espíritos infelizes
procurarão induzi-lo à queda moral, e faz sentir a Judas que não desconhece a
trama das sombras de que o apóstolo desditoso está sendo vítima.
Ora no horto, antes da crucificação,
assinalando a presença de enviados divinos.
E, depois da morte, volta a confabular
com os amigos, fornecendo-lhes instruções quanto ao destino da Boa-Nova.
Reaparece, plenamente materializado,
diante dos aprendizes, no caminho de Emáus, e, mais tarde, em Espírito, procura
Saulo de Tarso, nas vizinhanças de Damasco, para confiar-lhe elevada missão
entre os homens.
E porque o jovem perseguidor do
Evangelho nascente se mostre traumatizado, ante o encontro imprevisto, busca
ele próprio a cooperação de Ananias para socorrer o novo companheiro dominado
de assombro.
É inútil, assim, que cristãos
distintos, neste ou naquele setor da fé, se reúnam para confundir
respeitosamente a mediunidade em nome da metapsíquica ou da parapsicologia –
que mais se assemelham a requintados processos de dúvida e negação -, porque
ninguém consegue empanar os fatos mediúnicos da vida de Jesus, que diante de
todas as religiões da Terra, permanece por Sol indiscutível, a brilhar para
sempre.
Livro: “SEARA DOS MÉDIUNS”, -
Emmanuel, - Psicografado por Francisco Cândido Xavier, - 12 ª edição, - Editora
F E B, - Rio de Janeiro, RJ, - Abril de 2000.
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