O LIVRO DOS MÉDIUNS.
SEGUNDA PARTE.
CAPÍTULO VI.
MANIFESTAÇÕES VISUAIS.
ENSAIO TEÓRICO SOBRE AS APARIÇÕES.
105. Pela sua natureza e em seu estado normal, o perispírito e invisível, e tem isso em comum com uma porção de fluidos que sabemos existir, mas jamais vimos; mas pode também, como certos fluidos, sofrer modificações que o tomam perceptível à visão, seja por uma espécie de condensação, seja por uma alteração na sua disposição molécula; é quando nos aparece sob uma forma vaporosa. A condensação (e não é preciso tomar esta palavra ao pé da letra, de vez que empregamos na falta de outra e a tipo de comparação), a condensação, dizíamos, pode ser tal que o perispírito adquire as propriedades de um corpo sólido e tangível; mas pode, instantaneamente, retomar o seu estado etéreo e invisível. Podemos nos inteira deste efeito pelo vapor, que pode passar da invisibilidade ao estado brumoso, depois líquido, depois sólido e vice-versa. Estes diferentes aspectos do perispírito resultam da vontade do Espírito, e não como uma causa física exterior como o nosso gás. Quando nos aparece é porque colocou seu perispírito no estado necessário para torná-lo visível; mas para isso sua vontade não basta, porque a modificação do perispírito se opera pela sua combinação com o fluido próprio do médium; ora, esta combinação não é sempre possível, o que explica a visibilidade dos Espíritos não é geral. Assim, não basta que o Espírito queira se mostrar não basta, também, que uma pessoa queira vê-lo; é necessário que os dois fluidos possam se combinar, que haja entre eles uma espécie de afinidade; pode ser também que a emissão do fluido da pessoa que seja bastante abundante para operar a transformação do perispírito, e provavelmente existam ainda outras condições que nos são desconhecidas; é preciso, enfim, que o Espírito tenha a permissão de se fazer ver a tal pessoa, o que não lhe é sempre concedido ou não o é sendo em certas circunstâncias, por motivos que não podemos apreciar.
Fonte, “Livro dos Médiuns“, Allan Kardec, da 18º. edição, abril de 1991, do Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.
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