SEARA DOS MÉDIUNS.
ESPÍRITOS
DE LUZ.
Reunião pública de 07-03-1960. – L.
M. Questão n º. 267 - $ 10.º
Parafraseando a luminosa definição
do apóstolo Paulo, em torno da caridade, no capítulo treze da primeira epístola
aos coríntios, ousaremos aplicar os mesmo conceitos aos Espíritos benevolentes
e sábios que nos tutelam a evolução.
Ainda que falássemos a linguagem das
trevas e não possuiremos leve de entendimento, - não passaríamos para eles de
pobres irmãos necessitados de luz.
Ainda que nos demorássemos na
vocação do crime, caindo em todas as faltas e retendo todos os vícios, a ponto
de arrojar-nos, por tempo indeterminado, nos últimos despenhadeiros do mal,
para nosso próprio infortúnio – não seríamos para eles senão criaturas infelizes,
carecentes de amor.
Ainda que dissipássemos todas as
bossas forças no terreno da culpa e dedicássemos a vida ao exercício da
crueldade, sem a mínima noção do próprio dever, - isso seria para eles
tão-somente motivo a maior compaixão.
Os Espíritos da Luz são pacientes.
Em todas as manifestações são
benignos.
Não invejam.
Não se orgulham.
Não mostram leviandade.
Não se ensoberbecem.
Não se portam de maneira
inconveniente.
Não se irritam.
Não são interesseiros.
Não guardam desconfiança
Não folgam com a injustiça, mas
rejubilam- se com a verdade.
Tudo suportam.
Tudo crêem.
Tudo esperam.
Tudo sofrem.
A caridade deles nunca falha,
enquanto que para nós, um dia, as revelações gradativas terão fim, os fenômenos
cessarão e as provas terminarão, por desnecessárias.
Por agora, de nós mesmos, conhecemos
em parte e em parte imaginamos; entretanto, eles, os emissários do Eterno Bem,
acompanham-nos com devotamento perfeito, sabendo que, em matéria de
espiritualidade superior, quase sempre ainda somos crianças, falamos como
crianças, pensamos quais crianças e ajuizamos infantilmente.
Estão certos, porem, de que mais
tarde, quando nos despojarmos das deficiências humanas, abandonaremos, então,
tudo o que vem a ser pueril.
Verificaremos, assim, a grandeza
deles, como a víssemos retratada em espelho, confrontando a estreiteza de nosso
egoísmo coma imensurabilidade do amor com que nos assistem.
Conforte-nos, pois, reconhecer que,
se ainda demonstramos fé vacilante, esperança imperfeita e caridade caprichosa,
temos, junto de nós, a caridade dos mensageiros do Senhor, que é sempre maior,
por não esmorecer em tempo algum.
Livro: “SEARA DOS MÉDIUNS”, -
Emmanuel, - Psicografado por Francisco Cândido Xavier, - 12 ª edição, - Editora
F E B, - Rio de Janeiro, RJ, - Abril de 2000.
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