DA
MEDIUNIDADE ENTRE OS ANIMAIS.
236. c) A questão
da mediunidade dos animais se acha completamente resolvida na dissertação
seguinte, dada por um Espírito, da qual se podem apreciar a profundidade e a
sagacidade pelas citações que já tivemos ocasião de fazer. Para bem compreender
o valor da sua demonstração, é essencial reportar-se à explicação que deu o
papel do médium nas comunicações, e que reproduzimos na questão n º. 235.
Esta
comunicação foi dada em seguida a uma discussão que teve lugar, a esse
respeito, na sociedade Parisiense de Estudos Espíritas.
“(...) O cão, que pela sua
inteligência superior entre os animais, se tornou o amigo e o comensal do
homem, é perfectível por si mesmo e por sua iniciativa pessoal? eles que é
melhor adestrado, é sempre adestrado por seu mestre. Desde que o mundo é mundo ,
a lontra sempre constrói seu abrigo sobre as águas, segundo as mesmas
proporções e seguindo uma regra invariável; os rouxinóis e as andorinhas não construíram
jamais seus ninhos de modo diferentes que seus pais o fizeram. Um ninho de
pardais antes do dilúvio, como um ninho de pardais da época moderna, é sempre u
ninho de pardais, edificado nas mesmas condições e com o mesmo sistema de
entrelaçamento de fibras de ervas e resíduos, recolhidos na primavera, na época
dos amores. As abelhas e as formigas, essas pequenas repúblicas caseiras,
jamais variaram seus hábitos de abastecimentos, seu comportamento, seus
costumes, suas produções. Enfim, a aranha tece sempre a teia do mesmo modo.
ERASTO.
(Discípulo de Paulo.)
Fonte: “O Livro dos Médiuns”
- Allan Kardec - 18a. Edição - Editora IDE - Araras, SP - Abril
1991.
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