Powered By Blogger

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

- VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES. - N º. 81. - 69 º. PARTE. - SILVIO BRITO SOARES.

VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.

            69 º.     Dizia Mantegazza que “todo escritor que molha a pena no tinteiro, não para sacar letras de câmbio sobre a bolsa dos leitores, mas para fazer da pena um porta-voz dos seus afetos e dos seus pensamentos, é sempre apóstolo de uma idéia ou de uma forma estática, e, quando escreve, sente palpitar o coração na santa impaciência de ser escutado, na fagueira esperança de ser compreendido”.
            Bezerra, ao escrever, só tinha em mira despertar os homens para as grandes verdades divinas, habilitando-os a se sentirem sempre confiantes na misericórdia do alto e a trabalharem com honestidade e amor!
            Nota-se, em seus artigos, o propósito de mostrar que a chave da justiça divina está precisamente nas vidas sucessivas, a fim do homem capacitar-se da responsabilidade de seus atos, ações e pensamentos, cujas conseqüências se farão sentir não só em suas vidas de além túmulo, se não também em suas vindouras e necessárias encarnações na Terra.
Além dessa tese, focaliza ele, com grande propriedade e justeza de argumentação, os dogmas do Inferno e das penas eternas, mostrando, à sociedade, a insubsistências dos mesmos, por serem verdadeiras contradições à justiça, bondade e misericórdia de nosso Criador.
            Através dos artigos que dominicalmente publicou nas colunas de O Paiz, fez ele alentado estudo a respeito da cosmogonia católica e espírita, esgotando o assunto.
            É uma peça de fôlego, em que MAX põe em evidência os seus vastos conhecimentos gerais. Escalpela, com o bisturi da razão, e do bom senso, as incongruências, as intromissões humanas, adredemente preparadas para desfigurarem o pensamento de Jesus, a bem de interesses subalternos.
            Possuía ele esse bom-senso de Allan Kardec, bem como a sua maneira didática de tratar os assuntos, sempre com clareza e concisão.
            Esses artigos, em geral, foram escritos a pressa, ao saber das oportunidades, sem obedecer, é óbvio, a um plano preestabelecido. Vários deles são, mutatis mutandis, repetições, por assim dizer, de outros anteriormente publicados, em respostas à criticas à nossa Doutrina e aos ataques feitos pelo clero católico, etc.
            E essas suas palavras doutrinárias, esses seus conselhos, afirmativas e advertências ainda ressoam na alma de todos os espiritistas do Brasil.

Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES”, - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)


Nenhum comentário:

Postar um comentário