Powered By Blogger

segunda-feira, 10 de junho de 2013

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA Nº. 17. - MÉDIUM E MEDIUNIDADE. ANEXO Nº. 77. - MEDIUNIDADE E EVANGELHO. - MOISÉS E O ESPIRITISMO. - Dr. ODILON FERNANDES. (CARLOS A. BACCELLI.)

                        MEDIUNIDADE E EVANGELHO.

                               MOISÉS E O ESPIRITISMO.

                        “O melhor meio de se premunir contra os inconvenientes que pode apresentar a prática do Espiritismo não é o de interditá-lo, mas o de fazê-lo compreendido”. (Cap. IV – Primeira Parte – item 46.)

            Nunca será demais comentar-se a proibição que o Deuteronômio estabelece sobre a comunicação com os mortos. Este simples preceito do antigo testamento tem criado os maiores entraves para o intercâmbio entre os dois mundos. Por causa dele, desconsidera-se toda a fenomenologia mediúnica registrada, em detalhes, nas páginas da Bíblia.
            Moisés, sem dúvida, foi um dos maiores dos maiores médiuns da história da Humanidade. Em permanente contato com os Espíritos, entre os quais destacava-se o próprio Cristo, o grande legislador hebreu foi intermediário dos mais significativos fenômenos de que se tem noticia, desde a recepção do Decálogo no Monte Sinai à sua própria aparição, depois da morte, no Monte Tabor, ao lado do profeta Elias, no episódio da Transfiguração.
            A vida de Jesus está toda ela assinalada pela presença de fatos mediúnicos, denotando a ação do Mundo Espiritual sobre o mundo corpóreo.
            Baseando-se na milenar proibição de Moisés, muitos religiosos conservadores condenam a prática mediúnica da doutrina Espírita, ignorando não raro por conveniência, que são os próprios Espíritos que tomam a iniciativa da comunicação. Como fazer calar a voz do Invisível?! Pode-se queimar médiuns, mas não se queimam Espíritos!...
            Allan Kardec, em O Livro dos Médiuns, manifestou-se contrário à evocação leviana dos “mortos”, chegando mesmo a desaconselhá-la. Entretanto, a Doutrina surgiu, como bem o definiu o Sir Arthur Conan Doile, de uma “invasão organizada” que os Espíritos promovem sobre a Terra, fazendo mesas girar, dando pancadas nas paredes e no teto das casas, transportando objetos, materializando-se... Foram eles, os Espíritos, que espontaneamente vieram acordar os homens para as realidades da Vida Espiritual.
            Os fenômenos de obsessão estão aí para provar, à sociedade, que é impossível por um simples decreto demolir esta Escada de Jacob... A cada passo, Jesus se defrontava com possessos de toda espécie que eram, por assim dizer, vampirizados pelos Espíritos que agiam como “comensais” em sua vida física e psíquica.
            Seguindo os passos do Dr. Bezerra de Menezes, que publicou a célebre A Loucura Sob um Novo Prisma, o nosso confrade recém-desencarnado, Dr. Inácio Ferreira, durante cerca de cinqüenta anos efetuou pesquisa no Sanatório Espírita de Uberaba, publicando diversas obras sobre psiquiatria e reencarnação. Isto, evidentemente, sem mencionarmos o esforço de outros grandes pioneiros na área, cujas obras permanecem inéditas para a grande maioria.
            Kardec, através desse livro monumental que é o livro dos Médiuns, suspendeu o véu que nos toldava a visão do Invisível e pavimentou caminhos a fim de que, através da mediunidade, nos movimentássemos com segurança.
            Ao invés de hospitais psiquiátricos, as chamadas reuniões de desobsessão se multiplicaram nos grupos espíritas e o intercâmbio passou a ser controlado sem maiores problemas, com os Espíritos infelizes sendo evangelizados e com os médiuns sendo esclarecidos quanto à sua condição.
             Desde que o codificador descortinou para a Humanidade os caminhos de além túmulo, Os Espíritos não mais puderam agir às ocultas quanto agiam, porém foram “descobertos” em seu próprio domicílio. Tiveram que atuar de forma mais sorrateiramente, convictos de que, doravante, não poderiam mais contar com o anonimato que lhes garantia a imunidade. Referimo-nos, é claro, Aos Espíritos que se compraziam e que se comprazem nos processos de obsessão.
            Os próprios medianeiros foram instruídos a respeito da problemática da sintonia, aprendendo a direcionar essa “antena” para os sinais positivos emitidos pelos Espíritos mais esclarecidos, transformando-se em canais receptores de mensagens de ordem superior.
            Façamos, ao final destes apontamentos, uma consideração que julgamos oportuna: a prática do Espiritismo inclui a prática da mediunidade, mas a prática da mediunidade em si não tem nada a ver com a prática do Espiritismo, cuja a finalidade precípua é reviver o Cristianismo.

Fonte: Livro Mediunidade e Evangelho - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 6o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP – Janeiro/2008..


                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário