VIDA
E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.
32 º. Parte. Era
tal a sua crença, entregando-se totalmente à prática diuturna dos ensinamentos
evangélicos à luz da Terceira Revelação, que poder algum conseguia abalar os
alicerces de suas novas convicções religiosas, dessa sublime Doutrina Espírita
que lhe enchia a alma. É que seu Espírito afluíam as reminiscências daquele
acontecimento extraordinário a que já aludimos, e relato pelo Espírito Humberto
de Campos. E um dos testemunhos dessa sua fé inquebrantável está precisamente
na carta em que escreveu, em 1886, a um seu irmão germano, o Dr. Manoel Soares
da Silva Bezerra, refutando a censura que o mesmo lhe fizera com certa
acrimônia, em face de sua formal decisão de abandonar a religião de seus pais -
o Catolicismo – para, numa verdadeira afronta a Deus, dizia esse seu irmão,
abraçar assim, com tanto entusiasmo e ardor, O Espiritismo, obra diabólica, que
conduz para as profundezas do Inferno todos os que aceitam e professam tão
degradante seita; - e escreveu-lhe mais esse seu irmão: que confiava, no
entanto, que ele, bem meditando, abandonaria essa malfadada idéia de afrontar a
sociedade cristã em que vivia, e derramar entre os seus familiares a vergonha
de sua deserção da Igreja em que fora batizado; que era inadmissível deixasse
de ser cristão para se tornar herege.
Anos depois, a memorável carta-resposta de Bezerra de
Menezes foi cair nas mãos do famoso poeta Juvenal Galeno, residente no Ceará,
nome bastante conhecido nos meios literários de nosso país, e, por nímia
gentileza sua, pois que acreditava no Espiritismo, foi oferecida á Federação
Espírita Brasileira e por esta publicada sob o título: Uma Carta de Bezerra.
Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES” - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora
FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.
Nenhum comentário:
Postar um comentário