SUPERPROTEÇÃO DOS PAIS.
A superproteção começa a nascer quando isolamos nossos tutelados das situações de lutas e deveres que a vida naturalmente impõe a todos.
Se temos dificuldades na situação material, é preciso que eles compartilhem conosco. Nos exaurimos trabalhando intensamente para mantermos um padrão fictício de facilidades é iludir nossos protegidos, criando caprichos perigosos e desperdiçando a excelente oportunidade que este tipo de experiência confere.
Se temos facilidades na situação material, já é preciso ensinar-lhes a disciplina e a humildade. Quando os criamos em uma redoma, satisfazendo-lhes todos os caprichos, criando um mundo irreal de tranqüilidade absoluta e facilidades plenas, estamos destilando o veneno da corrupção e da tirania em seus corações.
André Luiz nos exemplifica sobre uma jovem que se resvalara no abismo dos prazeres desequilibrados e nos desvarios da vida material; “criada com mimos excessivos, a jovem desenvolveu-se na ignorância do trabalho e da responsabilidade”.
Quando amamos os filhos de maneira egoística, estamos como que enceguecidos, passando equivocadamente a entender que a única maneira de demonstrar-lhe nosso amor seja de enviar-lhes todos os dissabores, os problemas, as dificuldades materiais, as contrariedades, passando a adorá-los como pequenos deuses que somente merecessem idolatria.
Batuíra lembra que “os fazedores de guerras e os verdugos das nações, via de regra, foram crianças primorosamente resguardadas contra quaisquer provações na infância”.
Fonte: Livro “UM DESAFIO CHAMADO FAMÍLIA” - autor Joamar Zanelini Nazareth - 3 a. Edição - Minas Editora - Araguari, MG - 2000.
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