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sábado, 23 de fevereiro de 2013

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA Nº. 17. - MÉDIUM E MEDIUNIDADE. - ANEXO Nº. 65. - – APTIDÃO MEDIÚNICA. - ODILON FERNANDES. (CARLOS A. BACCELLI.)


                    – APTIDÃO MEDIÚNICA.

            “Concebe-se que deve ser bastante raro que a faculdade de um médium seja rigorosamente circunscrita a um só gênero; o mesmo médium pode, sem dúvida, ter aptidões, mas há sempre uma que domina e é a que deve se interessar em cultivar, se for útil.” – (O livro dos Médiuns – segunda Parte – Cap. XVI)

            É comum ouvir-se a pergunta: “Que tipo de mediunidade tenho?”

            A mediunidade define-se por si mesma. O companheiro mais experiente nas lides da Doutrina poderá orientar o candidato ao exercício da mediunidade, abstendo-se, porém, de conclusões precipitadas.

            De fato, todos têm um gênero de mediunidade que se destaca mais. Em alguns, é a psicografia, noutros é a psicotonia e assim, sucessivamente.

Quase sempre, o desenvolvimento de um tipo de mediunidade acarreta o desenvolvimento simultâneo de outro. Encontramos médiuns que são psicofônicos e videntes ou psicógrafos clariaudientes.

Todas as mediunidades têm a mesma origem.

Naturalmente, todas as pessoas são médiuns passistas em potencial. Em algumas, isto é mais patente, de vez que chegam a sentir certas manifestações físicas, como a sensação de filamentos fluídicos saindo-lhes das pontas dos dedos e das palmas das mãos.

Todas as pessoas, quando se predispõem, podem doar de si mesmas às outras. Qualquer um que elevar o pensamento a Deus a estender as mãos em nome da caridade, será auxiliado pelos Espíritos amigos.

            Mas a mediunidade, com o passar do tempo, começa a definir sua área de atuação. Aqui se faz necessário o bom-senso do médium.

Atuar em todas as áreas da mediunidade é contraproducente. Possuir todos os gêneros de mediunidade não significa, por si só, elevação espiritual.

O homem levou milênios para aprender a utilizar todos os seus sentidos físicos, sincronizadamente. No que tange aos sentidos psíquicos, não será diferente.

O médium, através do estudo, do trabalho e da meditação, contando sempre com a inspiração dos Benfeitores Espirituais, deve observar qual o tipo de mediunidade que nele predomina e em que setor conseguirá ser mais útil aos semelhantes.

Existem notáveis médiuns psicofônicos que, por desejarem ser também médiuns psicógrafos, não conseguem ser uma coisa nem outra. Acabam se perdendo.

O gênero de mediunidade que convive bem com os demais é, sem dúvida, o passista. Pelo seu exercício é que os médiuns novatos devem começar, a fim de lograrem o equilíbrio das forças mediúnicas que estão apenas despertando.

Pela transmissão simples do passe aos necessitados, o médium vai conseguindo a simpatia dos bons Espíritos, os quais passarão a assessorá-lo em seu desenvolvimento, agindo sobre o seu psiquismo.
A cabine de passes deve ser o estágio inicial de quantos aspiram ao desenvolvimento de suas faculdades noutro setor, porque aquele que não conseguir dar de si aos outros, no ato do passe, dificilmente conseguirá dar-se aos Espíritos para um trabalho que, por vezes lhe exigirá maior desprendimento e cooperação.
Definindo o gênero de mediunidade, o médium deve esforçar- se para cultivá-lo e obter os melhores resultados.
Todos os médiuns em constante desenvolvimento.
Os Espíritos exercitam o médium; o médium deve exercitar a mediunidade de que se reconhece portador.
Ser médium não significa estar apto para a mediunidade.
A aptidão mediúnica é fruto do esforço, do estudo e da perseverança do médium! 

Fonte: Livro Mediunidade e Doutrina - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 1o. Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP - 1990.

                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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