VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.
19 º. Parte. Nada me impressionou mais do que ver um homem, sem conhecimentos médicos e até sem instrução regular, discorrer sobre moléstias, com proficiência anatômica e fisiológica, sem claudicar, como bem poucos médicos o podem fazer.
Mais do que isto, porém, é, para impressionar, ver dizer um indivíduo, que não se conhece, que não se examina, de quem não se colhem sequer informações, e não se sabe senão que idade – dizer, em tais condições, por tais moléstias, com tais e tais complicações, por tais e tais causas, e confirmar o diagnóstico pelo resultado eficaz do tratamento aplicado naquele sentido.
Tive, porém, de minha experiência pessoal, outro fato que muito me impressionou.
Eu estava em tratamento com o médium receitista Gonçalves do Nascimento, e este costumava mandar-me os vidros, logo que eu acabava uma prescrição, por um primo meu, estudantes de preparatórios, que mora em minha casa, na Tijuca, a uma hora de viagem da cidade.
Meu primo costumava, sempre que me trazia os remédios (homeopáticos da casa de Nascimento, entregar-me os vidros em mão, e nunca, durante três meses que já durava meu tratamento, me trouxe do médium recado por escrito, senão simplesmente vidros de remédios, tendo no rótulo a indicação do modo pelo qual deveria ser tomado.
Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES” - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.
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