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sexta-feira, 12 de outubro de 2012

- ESTUDANDO O LIVRO DOS MÉDIUNS. - ALLAN KARDEC. - CAPÍTULO III. - MÉTODO. - QUESTÃO. Nº. 28.


                                                    CAPÍTULO III.

                                                             MÉTODO.

             28. Entre aqueles que um estudo direto convenceu pode-se distinguir:

            1º. Os que creem pura e simplesmente nas manifestações. O espiritismo é para eles uma simples ciência de observação, uma série de fatos mais, ou menos, curiosos; nós os chamaremos espíritas experimentadores;

            2º. Os que veem no espiritismo outra coisa além dos fatos; compreendem a sua parte filosófica e admiram a moral que dele decorre, mas não a praticam. Sua influência sobre o seu caráter é insignificante ou nula; não mudam nada em seus hábitos e não se privariam de um só prazer; o avaro é sempre de uma avareza sórdida, o orgulhoso pleno de si mesmo, o invejoso e o ciumento sempre hostis; para eles a caridade cristã não é senão uma bela máxima; são os espíritos imperfeitos;

            3º. Os que se contentam em admirar a moral espírita, mas a praticam e aceitam todas as suas consequências. Convencidos de que a existência terrestre é uma prova passageira, esforçam-se por aproveitarem seus curtos instantes caminhando na única via de progresso que os pode elevar na hierarquia do mundo dos Espíritos, esforçando-se por fazer o bem e repremir suas más tendências; suas relações são sempre seguras, porque sua convicção os distancia de todo pensamento do mal. A caridade, em todas as coisas, é a regra de sua conduta: são os verdadeiros espíritas, ou melhor, os espíritas cristãos.

            4º. Há, enfim, os espíritas exaltados. A espécie humana seria perfeita se não tomasse sempre senão o lado bom das coisas. O exagero nocivo em tudo; em Espiritismo, dá uma confiança muito cega e, frequentemente, pueril nas coisas do mundo invisível, e leva a aceitar, muito facilmente e sem controle, o que a reflexão e o exame demonstrariam a obscuridade ou a impossibilidade; mas o entusiasmo não se reflete, deslumbra. Essa espécie de adepto é mais nociva do que útil à causa do Espiritismo; são os menos apropriados a convencer, porque desconfia-se com razão, do seu julgamento; são enganados de boa-fé, seja por espíritos mistificadores, seja por homens que procuram explorara a sua credulidade. Se devessem suportar sozinhos as consequências, não haveria senão meio-mal; o pior é que dão, sem o quererem, armas aos incrédulos que procuram antes as ocasiões de zombar do que se convencer, e não deixam de imputar a todos o ridículo de alguns. Isso sem dúvida, não é justo nem racional; mas, sabe-se, os adversários do Espiritismo não reconhecem senão sua razão como sendo de bom quilate, e conhecer a fundo aquilo do que falam é o menor dos seus cuidados.

            Fonte: O Livro dos Médiuns - Allan Kardec - 18 º edição - Abril de 1991, Editora Instituto de difusão Espírita de Araras, SP.                     


                                   RHEDAM. (rhedam@gmail,com)

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