O
LIVRO DOS MÉDIUNS.
SEGUNDA
PARTE.
CAPÍTULO
XVII.
DA
FORMAÇÃO DOS MÉDIUNS.
DESENVOLVIMENTO
DA MEDIUNIDADE
204.
Coisa ainda mais importante a ser observada, do que o modo da
evocação, são a calma e o recolhimento, juntas ao desejo ardente e à firme
vontade de conseguir-se o intuito.
Por vontade, não entendemos aqui uma vontade efêmera, que age
com intermitências e que outras preocupações interrompem a cada momento; mas,
uma vontade séria, perseverante, contínua, sem impaciência, sem febricitação.
A solidão, o silêncio e o afastamento de tudo o que possa ser
causa de distração favorecem o recolhimento.
Então, uma só coisa resta a fazer: renovar todos os dias a tentativa,
por dez minutos, ou um quarto de hora, no máximo, de cada vez, durante quinze
dias, um mês, dois meses e mais, se for preciso. Conhecemos médiuns que só seformaram
depois de seis meses de exercício, ao passo que outros escrevem correntemente
logo da primeira vez.
Fonte, “Livro dos Médiuns“, Allan Kardec, da 18º. edição, abril de 1991, do
Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.