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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA N º. 17. - MÉDIUM E MEDIUNIDADE. - ANEXO N º. 265. - CONFIANÇA MEDIÚNICA. - MIRAMEZ. (JOÃO NUNES MAIA.)


       CONFIANÇA MEDIÚNICA.

Não pode existir mediunidade reta sem confiança no grande poder do amor. Essa certeza deve avançar em todos os rumos, na seqüência harmoniosa da verdade. A mediunidade medrou por todo o Brasil. Não se pode negar, todavia, que esse dom, sem a educação cristã, perde seu poder de ajudar com segurança e de servir com acerto.
Médiuns existem em abundância, em todos os movimentos religiosos. E a misericórdia dos benfeitores espirituais é tão grande, que trabalha com todos, incentivando-os para o bem e a verdade, mesmo que esses irmãos levantem polêmicas uns com os outros, atrofiando seus próprios destinos.
A paciência divina ultrapassa a nossa compreensão e manda todos os meios possíveis em nosso socorro, para que despertemos e compreendamos que somos todos filhos de Deus, com os mesmos direitos. Haveremos de ler o Evangelho, compreendê-lo na sua essência e confiar nas suas diretrizes, porque todo ser humano que levanta discórdias com os que não pensam na mesma faixa do seu entendimento, desconhece a luz e sua ignorância empana os poderes que já granjeou. Às vezes, usa da força esclarecedora da oração, mas não sabe orar, além das repetições.
Convidamos aos que não atingiram a força da prece, para a meditação e, se mesmo isso escapa à sua busca, que procurem com humildade quem já a conhece e usem essa magia divina, de sorte a compreender e receber os benefícios desses meios divinos, de maneira a facilitar-lhes os caminhos humanos.
Quando admiramos o sábio e o santo, não devemos ficar somente na admiração. Procuremos observar o que os levou a isso e, antes das pesquisas, podemos dizer que foram as duas forças superiores que confluíram para os seus corações: o amor e a caridade - os caminhos de luz que iluminam quem por eles passar.
A própria Doutrina Espírita te diz que "a fé verdadeira é aquela que encara frente a frente a razão". A confiança medíúnica não pode existir sem a compreensão do dever da mediunidade. Aquele que usa a mediunidade sem atinar sobre os seus objetivos, não pode dela fazer um uso leal. Além das observações que te cabem fazer todos os dias sobre os dons, é um dever comum a todos os médiuns estudar todas as obras que se referem às faculdades, para que o intercâmbio favoreça a certeza do que está fazendo. Deves, é certo, confiar e esperar, mas não esperar com os braços cruzados. A espera deve ser no clima do trabalho edificante, alicerçando os ideais que o coração escreveu com o amor em Cristo.
Nada podemos realizar sem fé e, principalmente, o que toca às coisas espirituais. Todos aqueles que operam fenômenos transcendentais, de curas e de exemplos que transformam corações, é porque conhecem a fé e confiam em Deus e em seus poderes, que convergem pela sua boca e pelas suas mãos. O médium não pode desconhecer os caminhos da fé. Se ele deseja servir, porém, antes que esteja imantado pela confiança, que aprenda primeiro a se educar, a disciplinar os sentimentos, a adotar os caminhos de Jesus na grande área do desprendimento, a trabalhar com as suas faculdades em favor da coletividade, sem dela exigir nada, nem a própria retribuição da confiança.
Se serves como instrumento das inteligências superiores e não respeitas as devidas instruções a que a verdade te induz, elas poderão deixar de falar por teu intermédio, procurando outro mais apropriado. E tu perderás a oportunidade de ser útil aos que sofrem, anulando assim o teu despertar espiritual.
A caridade maior recebe quem a faz. Confia na tua faculdade, mas usa-a como faz o justo com os seus poderes que desenvolveu com a justiça. Confia na tua mediunidade, porém, usa-a como faz o sábio que aprendeu os segredos da vida usando o bom senso. Tem fé, como instrumento dos Espíritos, entretanto, não te esqueças dos santos que, em todos os seus passos, demonstram o amor que aprenderam na escola da vida. Tira, de todos e de tudo, a essência, aprimorando sempre a tua conduta, porque antes de te comunicares com os desencarnados, deves dar o exemplo de homem justo e reto, em tudo o que pensas e fazes.
Aqui falamos e devemos falar muito da confiança mediúnica, porque o médium, onde estiver, deve favorecer a mudança do ambiente para melhor. Se os homens em geral estão condicionados ao mal, condicionemo-nos ao bem, e trabalhemos sempre nessas mudanças. Esses esforços são sementes de luz que devemos lançar nas trevas do mundo, porque se Jesus veio à Terra, pode voltar de novo por esses meios a que nos referimos e fazer morada em nossos corações, mas corações reformados, onde ninguém perde a confiança. Por esse motivo, é que dizemos, mudando um pouco o que o Mestre disse, guardando o fundo educativo: confiemos em Deus sobre todas as coisas e no próximo como em nós mesmos, que a vida começa a sorrir para os nossos destinos; e no nosso caminhar, somente encontraremos confiança a nos sustentar para o bem que desejamos fazer.
           
Livro: “SEGURANÇA MEDIÚNICA”, - MIRAMEZ., - Psicografado por João Nunes Maia, - 12 ª edição, - Editora Fonte Viva, - BELO HORIZONTE, MG, - 1998..

                        RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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