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quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA N º. 17. - MÉDIUM E MEDIUNIDADE. - ANEXO N º. 263. - CARGA MEDIÚNICA. - MIRAMEZ.(JOÃO NUNES MAIA.)


               CARGA MEDIÚNICA.

A mediunidade se posta em escalas variáveis no que tange aos seus valores. Os dons mediúnicos são inúmeros, senão incontáveis para os analistas humanos, e existem muitos companheiros, na carne, que têm muitos dons aflorados. Não deixa de ser um perigo o exercício de todos eles. Quase sempre esses médiuns sucumbem, por despertarem em seus sentimentos a vaidade, o orgulho e a auto-admiração.
A observação inteligente segreda-nos a razão por que devemos escolher com determinação a faculdade mais proveitosa, ou a que mais se afina com o nosso modo de vida, colocando-a em expansão na certeza de alcançar mais pureza ao que se dedica.
Não deves pensar que uma mediunidade não usada se atrofia. Não é isso o que se processa. Ela fica escondida nas dobras dos sentimentos, à espera do momento de ser convocada para os trabalhos, condicionados na consciência em nome d'Aquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida. Quando uma está sendo posta em atividade na égide do amor, as outras alimentam-se com as bênçãos das atividades enobrecedoras. O entorpecimento de alguns dons dá-se quando a faculdade em evidência é mal dirigida, o fluido divino, na inferência humana, toma as qualidades dos sentimentos inferiores que vibram no coração que desconhece Jesus. O ser humano ainda não atingiu as qualidades para tomar vários caminhos com a perfeição com que pode desenvolver um só trabalho. Assim se processa igualmente nas profissões. Por esta razão é que a própria ciência se dividiu, para melhorar. As igrejas se diversificaram para entender melhor o Evangelho, multiplicaram-se as escolas para melhores ensinamentos, a Terra foi dividida em países, estes em estados e os estados em municípios, até chegar à família, para se encontrar mais depressa a harmonia da vida.
O médium não pode fugir a essa regra, para alcançar o objetivo da mediunidade com bom senso, com equilíbrio da faculdade, capaz de levá-lo à libertação. Se queres fazer as coisas certas, não queiras conquistar o mundo de uma vez. Faze uma coisa de cada vez. Também podes usar essa regra na concentração, quando os pensamentos divagam, criam perturbações no ambiente e quebram a sintonia com as forças benfeitoras da vida. Ao conversares no meio de companheiros, a boa ética indica que fale um de cada vez, como se processa ao telefone, caso contrário o entendimento é impossível. E é por isso que temos vidas sucessivas: por ser grande o aprendizado e, de cada vez, iluminamo-nos, despertando um dom do nosso celeiro. As múltiplas mediunidades são uma carga possível apenas para os Espíritos nobres, preparados por milênios. Para nós outros, o caminho deve ser feito passo a passo. Ate estes escritos, que no momento fazemos, processam-se letra a letra, para que a ordem se estabeleça. Sabemos que os extremos são perigosos, a não ser para os Espíritos puros, que vivem e têm a capacidade de viver dentro e sob a influência do amor e da fraternidade sem mescla.
Jesus pede-nos dedicação em nossas tarefas, para não fazermos, mesmo no exercício do bem, como o glutão. Se o teu organismo físico somente assimila o que lhe convém, o espiritual é mais inteligente ainda. O desperdício corre por nossa conta, cai no livro da ignorância e respondemos, assim, pelo que não devíamos fazer.
Os nossos poderes são infinitos e as cargas deles são enormes, devendo ser usadas aos poucos, nos lugares certos, estabelecendo no nosso mundo interno a paz, que se transforma em felicidade.
Tu que estás lendo, escolhe o dom que deves desenvolver, mas escolhe com critério, e não queiras servir de instrumento de todos eles de uma só vez, porque a divisão das forças enfraquece os teus dons e não aprimora a faculdade que deveria ficar em evidência, ajudando com toda a segurança espiritual.
Não deves copiar os outros, pelo que os outros estão fazendo da vida, principalmente da vida mediúnica. Cada um tem missão diferente, que nos é revelada pela intuição, mas essa intuição não funciona no ambiente da ambição. Ela vem da entrega, da entrega do ser, das coisas divinas sem interesses mesquinhos e passageiros. Quantos médiuns nós conhecemos que trocaram seus deveres espirituais por miseráveis estados ilusórios de bem-estar? Quantos se compromissaram no mundo espiritual a dedicarem suas vidas à doutrina renovadora, sem as bênçãos de um lar, e depois fizeram o contrário, enaltecendo os sentidos físicos, ou se desculpando pela segurança do futuro da vida na Terra? Não estamos contra o lar e a família, não somos contra o bem-estar do corpo; estamos contra a falta dos compromissos que mais os serviriam na vida. Não devemos carregar uma carga que não suportamos, mas sim procurarmos ser fiéis à nossa consciência, porque ela é sempre fiel a nós, registrando tudo o que fazemos, mesmo às escondidas.
Procura aprimorar-te no teu dever, com honestidade, que Deus não te deixará a sós, e os Espíritos que te acompanham são aqueles do mesmo ideal teu. Podes conhecer tuas companhias invisíveis, analisando tua vida.
A carga mediúnica é uma realidade, mas não precisas agitar-te em usar todas as tuas faculdades de uma vez. Anda passo a passo, como a boca, de palavra em palavra, que serás atendido e entenderás a todos e, nesse programa, a tua vida se harmonizará pela bênção da escolha e pela atividade em exercício dos dons, etapa por etapa.
           
Livro: “SEGURANÇA MEDIÚNICA”, - MIRAMEZ., - Psicografado por João Nunes Maia, - 12 ª edição, - Editora Fonte Viva, - BELO HORIZONTE, MG, - 1998..

                        RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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