ESCLARECENDO AS DÚVIDAS DOS JOVENS!
OS ESPÍRITOS E NÓS...
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Dizem que os
espíritos estão ao nosso lado, por toda parte; que eles podem conhecer os
nossos mais secretos pensamentos... Então, não existe mais privacidade. Eles
tem a liberdade total e nós estamos sempre invadidos pela sua intromissão em
nossa vida e pela sua curiosidades sobre a vida alheia... Então, é melhor ser
espírito do que ficar aqui, nessa vida, encarnado neste corpo e sendo observado
por eles... É isso?
Todos somos espíritos e podemos nos encontrar em duas
situações: encarnados e desencarnados. Em tese, os desencarnado gozam maior
liberdade de pensamento e de atuação, podendo, com maior facilidade que nos, captar
pensamentos pelo processo telepático, penetrar através das barreiras naturais
que nos servem de obstáculos, locomover-se com mai rapidez e menos
dificuldades. Todavia, precisamos considerar que na prática, o Mundo dos
Espíritos também tem as suas barreiras e os espíritos não fazem absolutamente o
que eles querem, mas o que eles podem fazer. Eles são seres diferentes de nós e
estão ligados aos meios e às pessoas que lhe interessam de perto: gostam de
uns, desprezam outros, são indiferentes à maioria. As condições espirituais de
cada um é que propiciam possibilidades de entrar ou não a onde pretende, que
lhe torna possível conhecer ou não o pensamento de alguém, que lhe facilita ou
dificulta o acesso a determinado lugar. Assim, os espíritos mais
“materializados” – isto é, os menos elevados moralmente – podem encontrar as
mesmas barreiras que encontrariam na época em que estavam encarnados; por
vezes, podem nem mesmo perceber outros espíritos e até os encarnados; muitos
desconhecem que desencarnaram e agem como se estivessem participando da Vida
Terrena. Por outro lado, nós, os espíritos encarnados, colocamo-nos numa faixa
de influência relativa aos nossos pensamentos, aos nossos propósitos, às nossas
aspirações, aos nossos ideais, e conosco participam espíritos que se sintonizam
com esse modo de ser. Quando o nosso procedimento não é bom, da mesma maneira
que nos fazemos acompanhar de pessoas de má conduta, tambeém damos acesso a
espíritos maus, que passam a participar de nossa vida. Essa lei de afinidades
funciona em todos os departamentos da vida (“O semelhante atrai o semelhante”),
de modo que, se a nossa privacidade nesse momento for invadida é porque demos
permissão ao mal, da mesma forma como nos permitimos o contágio de uma doença
por falta dos cuidados necessários. Estar encarnado ou desencarnado são
situações em que os espíritos se encontram, e o fato de estarmos bem conosco
mesmos, com os nossos semelhantes e com Deus. Convém lembrarmos que a encarnação,
a vida sobre a Terra, constitui experiência necessária e imprescindível para o
desenvolvimento do espírito, razão pela qual não podemos desprezar esta vida
mas, antes varolizá-la.
Pergunta elaborada por: Francisca Duarte. – Vera Cruz.
SP.
Fonte: Revista Informação – Ano XVI – Nº. 186. - Maio
de 1992.
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