SEARA
DOS MÉDIUNS.
SER MÉDIUM.
Abraçando a mediunidade, muitos companheiros na Terra adotam
posição de absoluta expectativa, copiando a Inércia dos manequins.
Concentram-se mentalmente e aguardam, imóveis, nulificados, a manifestação
dos Espíritos Superiores, esquecendo-se de que o verdadeiro servidor assume
sempre a iniciativa da gentileza, na mais comezinha atividade doméstica.
*
Vejamos a lógica do cotidiano.
Um diretor de escritório não exigirá que o auxiliar se faça
enciclopédia humana, a fim de receber-lhe a cooperação; mas solicita seja ele
uma criatura ordeira e laboriosa, com a necessária experiência em assuntos de
escrita.
Um médico não reclamará do enfermeiro uma certidão de grandeza
moral para aceitar-lhe o concurso; no entanto, contará seja ele pessoa operosa
e sensata, com a precisa dedicação aos doentes.
O proprietário de um ônibus não se servirá da atenção do
farmacêutico, em sua oficina; mas procurará um motorista, que não apenas saiba
manobrar o volante, mas que o ajude também a conservar o carro.
O farmacêutico, a seu turno, não se utilizará da atenção de um
motorista, em sua casa, mas procurará um colaborador que não apenas saiba
vender remédios, mas que o ajude também a aviar as receitas.
Cada trabalhador permanece em sua própria tarefa, embora a interdependência
seja o regime da vida apontado a todos.
*
Ser médium é ser ajudante do Mundo Espiritual. E ser ajudante em determinado
trabalho é ser alguém que auxilia espontaneamente, descansando a cabeça dos
responsáveis.
Se não podes compreender isso, observa o avião, por mais simples
seja ele.
Tudo é amparo inteligente e ação maquinal no comboio aéreo. Torres
de observação esclarecem-lhe a rota e vigorosos motores garantem-lhe a marcha.
Mas tudo pode falhar, se falharem o entendimento e a disciplina no
aviador que está dentro dele.
Livro: “SEARA DOS MÉDIUNS”, - Emmanuel, - Psicografado
por Francisco Cândido Xavier, - 12 ª edição, - Editora F E B, - Rio de Janeiro,
RJ, - Abril de 2000.
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