O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO.
CAPÍTULO
XXVIII.
COLETÂNEA DE PRECES ESPÍRITAS.
I –
Preces gerais
Oração
dominical – PAI NOSSO.
VI. Não
nos deixes entregues à tentação, mas livra-nos do mal.
Dá-nos, Senhor, a força de resistir às sugestões dos Espíritos
maus, que tentem desviar-nos da senda do bem, inspirando-nos maus pensamentos.
Somos Espíritos imperfeitos, encarnados na Terra para expiar
nossas faltas e melhorar-nos. Em nós mesmos está a causa primária do mal e os maus
Espíritos mais não fazem do que aproveitar os nossos pendores viciosos, em que
nos entretêm para nos tentarem.
Cada imperfeição é uma porta aberta à influência deles, ao passo que
são impotentes e renunciam a toda tentativa contra os seres perfeitos.
É inútil tudo o que possamos fazer para afastá-los, se não lhes
opusermos decidida e inabalável vontade de permanecer no bem e absoluta
renunciação ao mal. Contra nós mesmos, pois, é que precisamos dirigir os nossos
esforços e, se o fizermos, os maus Espíritos naturalmente se afastarão,
porquanto o mal é que os atrai, ao passo que o bem os repele. (Veja-se adiante:
“Preces pelos obsidiados”.)
Senhor, ampara-nos em nossa fraqueza; inspira-nos, pelos nossos
anjos guardiães e pelos bons Espíritos, a vontade de nos corrigirmos de todas as
imperfeições a fim de obstarmos aos Espíritos maus o acesso à nossa alma.
(Veja-se adiante o item 11.)
O mal não é obra tua, Senhor, porquanto o manancial de todo o bem
nada de mau pode gerar. Somos nós mesmos que criamos o mal, infringindo as tuas
leis e fazendo mau uso da liberdade que nos outorgaste.
Quando os homens as cumprirmos, o mal desaparecerá da Terra, como
já desapareceu de mundos mais adiantados que o nosso.
O mal não constitui para ninguém uma necessidade fatal e só parece
irresistível aos que nele se comprazem. Desde que temos vontade para o fazer, também
podemos ter a de praticar o bem, pelo que, ó meu Deus, pedimos a tua
assistência e a dos Espíritos bons, a fim de resistirmos à tentação.
Nota de Allan Kardec:
Algumas traduções dizem: Nao nos induzas a
tentacao (et ne nos inducas in tentationem). Essa expressão daria a
entender que a tentação promana de Deus; que Ele, voluntariamente, impele os
homens ao mal, ideia blasfematória que igualaria Deus a satanás e que,
portanto, não poderia estar na mente de Jesus. É, aliás, conforme à doutrina
vulgar sobre o papel dos demônios. (Veja-se: O céu e o inferno, 1a
Parte, cap. IX, Os demônios.)
Fonte: O Evangelho
Segundo o Espiritismo - Capítulo XXVIII. -Allan Kardec 3a.
Edição - Editora Petit - São Paulo, SP - 2000.
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