O EVANGELHO SEGUNDO O
ESPIRITISMO.
CAPÍTULO
XXVIII.
COLETÂNEA DE PRECES ESPÍRITAS.
I –
Preces gerais
Oração
dominical – PAI NOSSO.
V. Perdoa as nossas dívidas, como
perdoamos aos que nos devem. Perdoa as nossas ofensas, como perdoamos aos que
nos ofenderam.
Cada uma das nossas infrações às tuas leis, Senhor, é uma ofensa que
te fazemos e uma dívida que contraímos e que cedo ou tarde teremos de saldar.
Rogamos-te que no-las perdoes pela tua infinita misericórdia, sob a promessa,
que te fazemos, de empregarmos os maiores esforços para não contrair outras.
Tu nos impuseste por lei expressa a caridade; mas a caridade não consiste
apenas em assistirmos aos nossos semelhantes em suas necessidades; também
consiste no esquecimento e no perdão das ofensas. Com que direito reclamaríamos
a tua indulgência, se dela não usássemos para com aqueles que nos hão dado
motivo de queixa?
Concede-nos, ó meu Deus, forças para apagar de nossa alma todo ressentimento,
todo ódio e todo rancor. Faze que a morte não nos surpreenda guardando nós
no coração desejos de vingança. Se te aprouver tirar-nos hoje mesmo deste
mundo, faze que nos possamos apresentar, diante de ti, puros de toda
animosidade, a exemplo do Cristo, cujos últimos pensamentos foram em prol dos
seus algozes. (Cap. X.)
Constituem parte das nossas provas terrenas as perseguições que os
maus nos infligem. Devemos, então, recebê-las sem nos queixarmos, como todas as
outras provas, e não maldizer dos que, por suas maldades, nos rasgam o caminho
da felicidade eterna, visto que nos disseste, por intermédio de Jesus:
“Bem-aventurados os que sofrem pela justiça!” Bendigamos, portanto, a mão que
nos fere e humilha, uma vez que as mortificações do corpo nos fortificam a alma
e que seremos exalçados por efeito da nossa humildade. (Cap. XII, item 4.)
Bendito seja teu nome, Senhor, por nos teres ensinado que nossa sorte não está
irrevogavelmente fixada depois da morte; que encontraremos, em outras
existências, os meios de resgatar e de reparar nossas culpas passadas, de
cumprir em nova vida o que não podemos fazer nesta, para nosso progresso. (Cap.
IV, e cap. V, item 5.)
Assim se explicam, afinal, todas as anomalias aparentes da vida. É
aluz que se projeta sobre o nosso passado e o nosso futuro, sinal evidente da tua
justiça soberana e da tua infinita bondade.
Fonte: O Evangelho
Segundo o Espiritismo - Capítulo XXVIII. -Allan Kardec 3a.
Edição - Editora Petit - São Paulo, SP - 2000.
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