SEGUNDA
PARTE.
CAPÍTULO VIII.
LABORATÓRIO
DO MUNDO INVISÍVEL.
127. A escrita direta, ou pneumatografia, é a que se produz espontaneamente,
sem o concurso, nem da mão do médium, nem do lápis. Basta tomar-se de uma folha
de papel branco, o que se pode fazer com todas as precauções necessárias, para se
ter a certeza da ausência de qualquer fraude, dobrá-la e depositá-la em
qualquer parte, numa gaveta, ou simplesmente sobre um móvel. Feito isso, se a
pessoa estiver nas devidas condições, ao cabo de mais ou menos longo tempo
encontrar-se-ão, traçados no papel, letras, sinais diversos, palavras, frases e
até dissertações, as mais das vezes com uma substância acinzentada, análoga à
plumbagina, doutras vezes com lápis vermelho, tinta comum e, mesmo, tinta de
imprimir.
Eis o fato em toda a sua
simplicidade e cuja reprodução, se bem pouco comum, não é, contudo, muito rara,
porquanto pessoas há que a obtêm com grande facilidade. Se ao papel se juntasse
um lápis, poder-se-ia supor que o Espírito se servira deste para escrever. Mas,
desde que o papel é deixado inteiramente só, evidente se torna que a escrita se
formou por meio de uma matéria depositada sobre ele. De onde tirou o Espírito essa
matéria? Tal o problema, a cuja solução fomos levados pela caixa de rapé a que
há pouco nos referíamos.
Fonte, “Livro dos Médiuns“, Allan Kardec, da 18º. edição, abril de 1991, do
Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.
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