Powered By Blogger

terça-feira, 26 de abril de 2016

- POEMAS ESPÍRITAS. - PARNASO DE ALÉM TÚMULO. - QUADRAS. - CASIMIRO CUNHA. (CHICO XAVIER.)




QUADRAS.

Ser cego e nada ver
Na triste noite escura,
E ver depois a luz
Da aurora de ventura;

Chorar na escuridão
Em dores mergulhado,
E após o sofrimento
Ter gozo ilimitado;

Sorver dentro da treva
O fel das amarguras,
Depois, buscar o amor
Nas lúcidas alturas;

É possuir tesouros
De paz, de vida e luz,
No sacrossanto abrigo
Do afeto de Jesus.

Casimiro Cunha

POETA vassourense, nasceu aos 14 de abril de 1880 e desencarnou em 1914. Pobre, ao demais espírita confesso, não teve maior projeção no cenáculo literário do seu tempo, mau grado à suavidade da sua musa e inatos talentos literários. Há, na sua existência terrena, uma triste particularidade a assinalar, qual a de haver perdido uma vista aos 14 anos, por acidente, para de todo cegar da outra aos 16. Órfão de pai aos 7 anos, apenas freqüentou escolas primárias. Era um espírito jovial e forte no infortúnio, que ele sabia aproveitar no enobrecimento da sua fé. Se tivesse tido maior cultura, atingiria as maiores culminâncias do firmamento literário.

            Fonte: PARNASO DE ALÉM - TÚMULO - CÁRMEN CINIRA - Chico Xavier- Editora FEB. Rio de Janeiro RJ - 1935.

                                   RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

Nenhum comentário:

Postar um comentário