VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.
22 º. Parte. Posso dizer o meu “credo” espírita, com aplauso da minha consciência, e não por força de uma autoridade que se arroga o direito de impor a fé!
Nestas condições, tendo encontrado a linfa que me saciou a sede de crer, posso ser mais o que era antes?
A moral cristã, iluminada pelos inefáveis princípios do Espiritismo, não pode deixar de modificar, para melhor, a quem a cultiva não somente por dever, mas também e principalmente por nela ter encontrado a paz do espírito!
Não sou, por minha fraqueza, o que ela deve fazer do coração humano; não me posso julgar, sem incorrer em orgulho ou falsa modéstia; mas posso assegurar que já compreendo os meus deveres para com Deus, para com os meus semelhantes, de um modo diverso, acentuadamente mais elevado, que antes de ser espírita.
Julgo, pois, que me é lícito dizer que as novas opiniões acarretaram para mim sensível modificação moral.
E, para confirmá-lo, basta consignar este fato:
Antes de ser espírita, só o pensar em perder um filho, fazia-me mentalmente blasfemar, punha-me louco.
Depois de espírita, tenho perdido quatro filhos adorados, e depois de criados, louvando e agradecendo ao Pai de amor ter provado, por aquele modo, minha obediência a seus sacrossantos decretos.
Essas palavras de Bezerra de Menezes, no tocante à evolução de sua crença religiosa.
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Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES” - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.
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