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terça-feira, 2 de abril de 2013

- VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES. Nº. 33. - CONTINUAÇÃO . - 21 ª. PARTE. - SILVIO BRITO SOARES.



                VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES.
           
21 º. Parte. Influência física, nenhuma senti; porém, moralmente sou outro homem.
Minha alma encontrou finalmente onde pousar, tendo deixado os espaços agitados pelo vendaval da descrença, da dúvida, do cepticismo, que devasta, que esteriliza, que calcina, se assim me posso exprimir, recordando as torturas de quem sente a necessidade de crer, mas não encontra onde assentar sua crença.
E não encontrava onde assentar minha crença, porque o ensino de Jesus – que uma força intrínseca e uma disposição psíquica  me levaram a procurar, como o nauta perdido na vastidão dos mares.procura o Norte – me era oferecido sob um aspecto impossível de acomodar-se com um sentimento íntimo, instrutivo, exato, que me desse a razão e a consciência de ali estar a verdade; mas a verdade não é aquilo.
Ah! A Igreja Romana! a Igreja Romana!
O Cristianismo nunca terá tão formidável inimigo! O materialismo nunca terá aliado tão prestimoso!
            Eu já disse como, antes de aceitar o Espiritismo, vivi a fugir de toda crença religiosa, por não poder aceitar uma que se impõe à fé, por decreto de seus ministros, e a ser arrastado para essa mesma crença, que não podia aceitar, como se mão amiga me arrastasse para o cascalho, dentro do qual estava incrustado o brilhante.
           Eu já disse como me abracei com o cascalho para não rolar no abismo da descrença, e como aquela mão me impeliu para ele, quebrou-o a meus olhos, e me fez patente o brilhante nele contido.
            Minha alma encontrou finalmente onde pousar.

            Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES”  - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.

                                   RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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