SINOS.
Escuto ainda
a voz dos campanários
Entre aromas
de rosas e açucenas,
Vozes de
sinos pelos santuários,
Enchendo as
grandes vastidões serenas...
E seguindo
outros seres solitários,
Retorno velhos
quadros, velhas cenas,
Rezando as
orações dos Septenários,
Dos ofícios,
dos Terços, das Novenas...
A morte que
nos salva não nos priva
De ir ao pé
de um sacrário abandonado,
Chorar, como
inda faz a alma cativa!
Ò sinos
dolorosa e piangentes,
Cantai, como
contáveis no passado,
Dizendo a
mesma Fé que salva os crentes!...
-
ALPHONSUS DE GUIMARAENS. Pág. 43.
Afonso Henrique da Costa
Guimaraens, poeta mineiro, natural de Ouro Preto. Nasceu aos 24 de Julho de
1870 e desencarnou em 15 de julho de 1921. Magistrado, jornalista e poeta,
notabilizou-se principalmente pela tonalidade mística do seu estro, qual se
afirma em suas obras: Dona Mística, Septenário das Dores, Kiriale, Escada de
Jacon, etc.
Fonte: PARNASO DE ALÉM - TÚMULO -
CÁRMEN CINIRA - Chico Xavier- Editora FEB. Rio de Janeiro RJ - 1935.
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