CAPITULO IV.
SISTEMAS.
39. Sistema da loucura. Alguns, por condescendência, admitem afastar a suspeita de fraude e pretendem que aqueles que não fazem ingênuos são ingênuos eles mesmos: o que quer dizer que são imbecis. Quando os incrédulos nisso colocam menos formalidade, dizem muito simplesmente que se trata de loucura, atribuindo-se assim, sem cerimônia, o privilégio do bom-senso. Esse é o grande argumento daqueles que não tem uma boa razão a opor. De resto, esse modo de ataque se tornou ridículo por ser banal, e não merece que se perca tempo em refutá-lo. Os espíritas, aliás, pouco se importam com isso; tomam bravamente seu partido e se consolam pensando que têm por companheiros de infortúnio muitas pessoas cujo mérito não poderia ser contestado. É preciso, com efeito, convir que essa loucura, se loucura há, tem um caráter bem singular, que é o de atingir de preferência a classe esclarecida, entre o qual o Espiritismo conta, até o presente, a imensa maioria dos seus adeptos. Se, entre eles, encontram-se algumas excentricidades, não provam mais contra a Doutrina do que os loucos religiosos não provam contra a religião; os melomaníacos contra música; os maníacos matemáticos contra as matemáticas. Todas as idéias encontram fanáticos exagerados, e seria preciso ser dotado de um juízo bem obtuso para confundir a exageração de uma coisa com a própria coisa. Remetemos, para a mais ampla explicações a respeito, à nossa brochura: O que é o Espiritismo? E O Livro dos Espíritos (Introdução, 15).
Fonte: O Livro dos Médiuns - Allan Kardec - 18 º edição - Abril de 1991, Editora Instituto de difusão Espírita de Araras, SP.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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