MEDIUNIDADE
E NÓS.
O
autor espiritual, Odilon Fernandes, nos deixou está mensagem:
Apresentando
estás páginas aos nossos amigos, não tenho outra intenção que não seja a de
estudarmos junto os variados temas da mediunidade.
Quando
encarnado, militando na seara espírita, a mediunidade sempre mereceu- observações
continuadas e, desde muito, alimentava o propósito de alinhavar algumas notas
em torno do assunto, a título de colaboração despretensiosa.
Durante
anos, participei das inesquecíveis reuniões mediúnicas da “Casa do Cinza”, em
Uberaba Minas Gerais, e tive oportunidade de contratar inúmeros médiuns, quase
todos eles em tremenda luta consigo mesmos para perseverarem na tarefa
encetada.
Muitos
me procuravam, atormentados por suas dúvidas; então, de imediato os convidava
ao estudo de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec; aí, ouvia-os responder-me
que o tempo se lhes fazia escasso... Quantos passaram pela “Casa do Cinza” em
busca de orientação, eu não saberia dizer... Sei apenas que vi muitas
mediunidades e médiuns promissores perderem-se no vazio das horas inúteis.
Quando
a desencarnação chegou, trouxe comigo para a Nova Vida o anseio de, quando possível,
através de um médium amigo, fazer como Espírito o que não pudera fazer como
homem comum, ou seja, condensar num pequeno volume algumas considerações práticas,
especialmente dedicadas aos médiuns iniciantes.
E é
justamente por isto que aqui estou, ao mesmo tempo rogando desculpas aos
confrades, se não consegui expressar melhor os meus pensamentos.
Talvez
as minha palavras se choquem com as opiniões de muitos; todavia, não compareço
aqui como dono da verdade e sou o primeiro a reconhecer as limitações desse
trabalho.
Que
outros companheiros venham a campo para o diálogo que se faz necessário.
O que
não podemos é cruzar os braços e silenciar, deixando os nossos irmãos médiuns
ao desamparo e tratando a mediunidade como se fosse um assunto tabu.
Sempre
fui e continuo sendo, com a graça de Deus, aberto ao diálogo fraterno que, aliás,
a própria Doutrina incentiva.
A
codificação Kardeciana estruturou-se através das perguntas e respostas, e os próprios
Espíritos Superiores não tiveram a pretensão da última palavra.
Tenho
plena consciência de que os companheiros que me conheceram não terão qualquer
dificuldade em identificar-me nestas páginas.
Esforcei-me
ao máximo para sintetizar o resultado dos meus estudos, os quais prosseguem na
Vida espiritual, na tentativa de resolver o problema da verdadeira crise “falta
de tempo” que vem acometendo os homens, mormente neste final de milênio (início
de outro).
Sei,
repito, que as idéias aqui apresentadas são passíveis de desenvolvimento, mas não
desejo ser prolixo e, ao mesmo tempo, sintetizando, convido a todos para que não
me deixem falando, ou melhor, pensando sozinho...
Agradeço
ao Senhor pela oportunidade de servir e deixo-lhes o meu abraço cordial.
Odilon
Fernandes
Uberaba
-MG, 25 de outubro de 1989.
Fonte: Livro Mediunidade e
Doutrina - Odilon Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 1o.
Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP - 1990.
RHEDAM.
(rhedam@gmail.com)
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