ENSAIO BIOGRÁFICO.
(Nota: Devido a extensão do conteúdo dividiremos em nove partes.)
PREÂMBULO (Nona Parte)
Humberto de Campos, espírito de imaginação fecunda, príncipe da palavra escrita e, agora perscrutador incansável dos vastíssimos arquivos do Além, reproduziu, através da mediunidade singular de Francisco Candido Xavier, com o colorido delicado de seu estilo primoroso, o quadro emocionante assumido por um Espírito, numa das memoráveis assembléias havidas nas regiões etéreas, sob a presidência do grande Ismael, por Cristo constituído o zelador dos patrimônios imortais da Terra do Cruzeiro.
Melhor será reproduzir esse quadro, com as próprias palavras do Espírito de Humberto de Campos: - “Há mais de um século, brilhante assembleia de Espíritos se reuniu no Espaço, sob a direção do Anjo Ismael. Foi então exposta à missão futura do Brasil na divulgação do Evangelho, que seria iluminado por uma nova Revelação. Em dado instante, o Mensageiro do Senhor se aproxima de um de seus discípulos e fala-lhe mais ou menos assim: - Descerás às lutas terrestres, com o objetivo de concentrar as nossas energias no País do Cruzeiro, dirigindo-as para o alvo sagrado dos nossos esforços. Arregimentarás todos os elementos dispersos, com as declarações do teu espírito, a fim de que possamos criar nosso núcleo de atividades espirituais, dentro dos elementos dispersos, com as dedicações do teu espírito, a fim de que possamos criar o nosso núcleo de atividades espirituais, dentro dos elevados propósitos de reforma e regeneração. – E Ismael, ao finalizar, acrescentou: - Se a luta vai ser grande, considera que não será menor a compreensão do Senhor, que é o caminho a verdade e ávida. – E o discípulo escolhido, imóvel e reverente diante de Ismael, não pode articular palavra alguma: a emoção dominava-o inteiramente".
“Mas, as lágrimas que rolaram copiosamente de seus olhos diziam, com grande eloquência, que ele tudo faria para bem cumprir a missão que lhe fora confiada”.
“Tempos depois, a 29 de agosto de 1831, esse missionário nascia no Riacho do Sangue, na então Província do Ceará, recebendo o nome de Adolfo Bezerra de Menezes”.
E segundo informa o Barão de Studart, em seu Dicionário Biográfico Cearense, foram seus pais: Antonio Bezerra de Menezes, que desencarnou em Maranguape, em outubro de 1851, vitimada pela febre amarela, e de dona Fabiana de Jesus Maria Bezerra, nascida também em Riacho do Sangue, em 1791, desencarnando em Fortaleza em 5 de agosto de 1882.
Antes, porém, de soar a hora em que Bezerra de Menezes deveria assumir o posto que lhe fora indicado nessa memorável reunião, era necessário que ele se impusesse, na Corte de então, pela força de seu trabalho, pelos seus dotes culturais, pelo seu caráter, pelas suas atitudes largas, nobres e dignificantes, pelos rasgos maravilhosos de seu coração de ouro. Tinha de firmar-se, no seio da sociedade, como patriota, médico, homem de cultura e de ação; como jornalista, político e escritor.
Fonte: - Livro “VIDA E OBRA DE BEZERRA DE MENEZES” - SILVIO BRITO SOARES – 4 ª. Edição – Editora FEB. – Rio de Janeiro, RJ. – Agosto de 1978.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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