MUDANÇAS.
No
capítulo das aflições surpreendemos habitualmente as que decorrem de mudanças a
que os acontecimentos do dia a dia nos induzem. Dentre as mudanças, porém, que
planejamos e realizamos, mobilizando a nossa própria faculdade de decidir,
encontramos aquelas outras com que não contávamos e que nos surgem pela frente
à maneira de pedras esfogueadas no coração.
Tais
crises, quando aparecem, lembram explosões condicionadas na gleba da existência
que, se compreendidas e aceitas, nos descerram estradas novas para mais altos
níveis de evolução.
Forçoso
observar que a divina providência tanto quanto nas provas que nos aperfeiçoam a
experiência. Por isso mesmo é preciso admitir toda transformação considerada
menos feliz por bênção dos Poderes Superiores, funcionando em nosso próprio
benefício.
Na
maioria das circunstâncias as doenças são processos de regeneração da saúde; as
inibições do corpo se erigem por recurso de aprimoramento do espírito; o fracasso
nos empreendimentos humanos abre o começo da verdadeira prosperidade; as
separações angustiosas se configuram por cirurgias no campo afetivo, à feição
de sofrimento menor, pra que não entremos em sofrimentos maiores em nome do
amor; e a própria desencarnação, na essência, é renovação e refazimento,
progresso e vida.
Todos
nós, de um modo ou de outro, somos defrontados por mudanças imprevistas onde
quer que nos achemos.
Se
provações dessa espécie te visitam a alma não esmoreças e nem te revoltes.
Perante qualquer transformações desagradáveis e dolorosas saibamos, antes de
tudo, usar a prece, rogando a Deus nos auxilie a discernir e aceitar,
aproveitar e compreender, afim de que a dor, onde surja, nos possa infundir
mais ampla visão da vida a caminho da Vida Maior.
Fonte: Livro “MAIS LUZ” - ANTONIO GONÇALVES DA SILVA -
BATUÍRA, psicografado por Francisco Cândido Xavier - 4a. Edição -
Editora GEEM - São Bernardo do Campo, SP - 1976.
Nenhum comentário:
Postar um comentário