ESTUDANDO O LIVRO DOS ESPÍRITOS.
Contem os Princípios da Doutrina Espírita sobre a imortalidade da alma, a natureza dos Espíritos e suas relações com os homens, as leis morais, a vida presente, a vida futura e o porvir da humanidade (segundo o ensinamento dos Espíritos superiores, através de diversos médiuns, recebidos e ordenados por Allan Kardec).
O prof. José Herculano Pires, a título de “Explicação”, sendo ele o “Tradutor” do “Livro dos Espíritos”, escreve o seguinte:
- Com este livro surgiu no mundo o Espiritismo. Sua primeira edição foi lançada a 18 de abril de 1857, em Paris, pelo editor E. Dentu, estabelecido no Palais Royal, Galérie d’Orleans, 13. Três novidades, à maneira das tríades druidas, apareciam com este livro: a DOUTRINA ESPÍRITA e a palavra ESPIRITISMO, que designava; o nome ALLAN KARDEC, que provinha do passado celta das Gálias.
A primeira novidade era apresentada como antiga, em virtude de representar a eterna realidade espiritual, servindo de fundamento a todas as religiões de todos os tempos: a Doutrina Espírita. Era, entretanto, a primeira vez que aparecia na sua inteireza, graças à revelação do Espírito da Verdade prometida pelo Cristo. A segunda, a palavra Espiritismo, era um neologismo criado por Kardec e desde aquele momento integrado na língua francesa e nos demais idiomas do mundo. A terceira representava a ressurreição de nome de um sacerdote druida desconhecido.
A maneira porque o livro fora escrito era também inteiramente nova. O prof. Denizard Hippolyte Léon Rivail fizera as perguntas que eram respondidas pelos Espíritos, sob a direção do Espírito da Verdade, através das cestinhas-de-bico. Psicografia indireta. Os médiuns, duas meninas, Caroline Baudin, de 16 anos, e Julie Baudin, de 14 anos, colocavam as mãos nas bordas da cesta e o lápis (o bico) escrevia numa lousa. Pelo mesmo processo o livro foi revisado pelo Espírito da Verdade através de outra menina, a srta. Japhet. Outros médiuns foram posteriormente consultados e Kardec informa em Obras Póstumas: “ Foi dessa maneira que mais de dez médiuns prestaram concurso a esse trabalho“.
Este livro é portanto o resultado coletivo e conjugado entre o Céu e a Terra. O professor Denizard não o publicou com o seu nome ilustre de pedagogo e cientista, mas com o nome obscuro de Allan Kardec, que havia tido entre os druidas, na encarnação em que se preparava ativamente para missão espírita. O nome obscuro suplantou o nome ilustre, pois representava na Terra a falange do Consolador. Esta falange se constituía dos Espíritos Reveladores, sob a orientação do Espírito de Verdade, e dos pioneiros encarnados, com Allan Kardec à frente.
A 16 de março de 1860 foi publicada a segunda edição deste livro, inteiramente revisto, reestruturado e aumentado por Kardec sob a orientação do Espírito de Verdade, que desde a elaboração da primeira edição já se avisará de que nem tudo podia ser feito naquela. Assim, a primeira edição foi o primeiro impacto da Doutrina Espírita no mundo, preparar ando ambiente para a segunda que a completaria. Toda a Doutrina está contida neste livro, de forma sintética, e foi posteriormente desenvolvida nos demais volumes da Codificação.
Escrito na forma dialogada da Filosofia Clássica, em linguagem, clara e simples, para a divulgação popular, este livro é um verdadeiro tratado filosófico que começa pela Metafísica, desenvolvendo em novas perspectivas a Ontologia, a Sociologia, a Psicologia, a Ética, e estabelecendo as ligações históricas de todas as fases da evolução humana em seus aspectos biológicos, psíquico, social e espiritual. Um Livro para ser estudado e meditado, com auxilio dos demais volumes da codificação.
Fonte: O Livro Dos Espíritos - 54o. Edição - Editora LAKE - São Paulo, SP - 1994.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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