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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

- HISTÓRIA ESPIRITUAL DO BRASIL. - No. 6 - A PÁTRIA DO EVANGELHO.

                                A PÁTRIA DO EVANGELHO.

             No livro BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO”, o autor espiritual HUMBERTO DE CAMPOS, através da psicografia do médium FRANCISCO CANDIDO XAVIER, nos relata a seguinte passagem espiritual, histórica, sobre o "BRASIL A PÁTRIA DO EVANGELHO".

              Após a realização, em linhas gerais da sua missão D. Henrique de Sagres desencarnou em 1460. Em sua modesta casa na Vila Nova do Infante, onde encontra-se até hoje uma placa comemorativa, em homenagem ao grande navegador que por todo o mundo, desenvolveu um sentimento de amor pelo desconhecido. Muitas vezes deixou transparecer em documentos que foram perdidos dos arquivos da Casa de Avis, a existência das terras maravilhosas, cuja beleza haviam contemplado seus olhos espirituais, no passado longínquo. Para provar os seus estudos particulares das terras desconhecidas, o mapa de André Bianco de 1448, mostrava uma região fronteira da África.
             Novamente no Além, o antigo mensageiro do Mestre, não descansou, colaborava com ele numerosas falanges dos trabalhadores devotados à causa do Evangelho do Senhor. Influenciou no pequeno reinado de D. Duarte e de D. Afonso V, sem lograr alguma ação decisiva a sua causa. Pouco recolheu as suas atuações com os políticos de sua terra, já preocupado com as riquezas dos caminhos das Índias, porém o povo de Costela começa a preocupar-se com as novas idéias.
              Elevado ao trono D. João II, governando com previdência e energia realizadora, o emissário invisível encontra grandes aspirações junto ao coração deste príncipe,, irmãs das suas. Tornando-se dócil instrumento do mensageiro abnegado. Realizam-se diversas expedições. É fundado o castelo de São Jorge por Diogo Azambuja, na Costa da Mina, Diogo Cão descobre a costa de Angola, sobre a proteção do rei aventura-se muitos expedicionários. Mas o espírito em todos os planos e circunstancias da vida, tem de sustentar as maiores lutas pela purificação suprema. Porém, entidades atrasadas à suas realizações unem-se contra o príncipe ilustre. O desastre do Campo de Santarém onde o filho de D. João II perde a vida tragicamente, inicia uma série de dolorosas provações para a direção justiceira e nobre da época em 1495 D. João II morre envenenado em Alvor. Apesar de tudo, os planos da Escola de Sagres estavam consolidados.
               Ascende ao trono D. Manuel I, e nada mais fez que atingir o fim de longa e laboriosa preparação. Em 1498 Vasco da Gama descobre o caminho marítimo paras as Índias, mais tarde Gaspar de Corte Real descobre o Canadá, saindo todos de Lisboa, com instruções secretas das terras desconhecidas, localizadas com a fronteira da África. Desde de D. João II, já havia protesto contra Alexandre VI, que pretendia impor-lhe restrições ao longo do Atlântico, sugestão dos reis católicos da Espanha.
                A 7 de março de 1500 a expedição de Cabral, toda preparada para cumprir o novo roteiro para as Índias, todos os componentes da expedição acompanhados pelo capitão mor, visitaram o Paço de Alcaçova, no dia seguinte foram na ermida de Rostelo, pouso de meditação edificado por D. Henrique de Sagres pedir as bênçãos de Deus. E no dia 9 se lançaram ao mar.
               Em alto mar Cabral considera a possibilidade de levar sua bandeira a terra desconhecida do Hemisfério Sul. Henrique de Sagres aproveita essa maravilhosa possibilidade. Suas falanges de navegadores do Infinito se desdobram nas caravelas embandeiradas e alegres. Aproveitam-se todos os ascendentes mediúnicos. Durante as noites, Cabral sonha com os sobrenaturais, e insensivelmente as caravelas sedem no impulso de uma orientação imperceptível. E ele abandona o caminho pra as Índias. Porém, o pavor ao desconhecido empolga aqueles homens rudes que se viam perdidos entre o céu e o mar, e em todos os corações há uma angustiosa expectativa. Mas o mensageiro invisível, era ali o Divino expedicionário, e presta assistência espiritual, derramando um claror de esperança em todos os ânimos. Recebem as primeiras mensagens da terra com alegria indivisível, As ondas miúdas aparecem qual colchas caprichosa de folhas, de flores e de perfumes. Avistam-se os píncaros elegantes das plagas do Cruzeiro, e em poucas horas, Cabral e seus companheiros reconfortam-se nas praias extensas e acolhedoras. A palavra religiosa de frei Henrique Soares de Coimbra, é ouvida com muita atenção e humildade, após serem recebidos pelos naturais como irmãos muito amados, que colocaram sua habitações rústicas e primitivas a disposição dos estrangeiros, e, Caminha descreve em sua crônica que Diogo Dias dança com os nativos nas areias de Porto Seguro, celebrando assim o primeiro banquete de fraternidade na Terra de Vera Cruz.
              Desfraldam as bandeiras das quinas nas terras abençoadas, em que Jesus transplantará a árvore do seu amor e da sua piedade, e, no céu, festeja-se o acontecimento com grande júbilo. Assembléias espirituais, sob as vistas amorosas do Senhor, abençoam as praias extensas e claras e as florestas cerradas e bravias. Em todos os corações há um contentamento intraduzível Henrique de Sagres, o antigo mensageiro do Divino Mestre, rejubila-se com as bênçãos recebidas do céu. Mesmo assim confessa ao Senhor as suas vacilações e os seus receios:
              - Mestre, diz ele: - Graças ao Vosso coração misericordioso. A terra do Evangelho florescerá agora para o mundo inteiro. Abençoa-nos, para que tenhamos a tranqüilidade, velando-nos da pirataria dos séculos. Temo que as nações ambiciosas matem as nossas esperanças, invalidando as suas possibilidades e destruindo os seus tesouros.
               Jesus, confiante, na proteção do Pai, diz com certeza e alegria o que traz em si:
              - Helil, afasta essas preocupações e receios inúteis. A terra do Cruzeiro, onde se realizará a epopéia do meu Evangelho, estará antes de tudo ligada ao meu coração. Sua volumosa extensão pairará sobre a minha assistência compassiva e a mão prestigiosa e potentíssima de Deus pousa sobre a terra de minha cruz, com infinita misericórdia. Todas as potências imperialistas esbarrarão sempre nas suas claridades divinas e nas suas ciclópicas realizações, e, estará sempre ligada ao meu coração.
              Deste modo o minúsculo Portugal ao longo de três séculos, conservou contra os flamengos e ingleses, franceses e espanhóis a unidade territorial de oito milhões e meio de quilômetros quadrados e com oito mil quilômetros de costa marítima. Não há exemplo nenhum como este em toda a história da humanidade. Em todo o continente americano fragmentaram-se as posseções de espanhóis e ingleses, só o Brasil conseguiu manter-se indivisível na América.
               O coração geográfico do orbe não podia se fracionar.


                Fonte: Livro "BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO" - o autor espiritual HUMBERTO DE CAMPOS, psicografia do médium FRANCISCO CANDIDO XAVIER, editora FEB- Rio de Janeiro, RJ.



                                                          RHEDAM. (rhedam@gmail.com)

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