HERÓIS.
Esses seres que passam pelas dores,
As geenas do pranto acorrentados,
Aluviões de peitos sofredores,
No turbilhão dos grandes desgraçados;
Corações a sangrar, ermos de amores,
Revestidos de acúleos acerados,
Nutrindo a luz dos sonhos superiores
Nos ideais maiores esfaimados;
Esses pobres que o mundo considera
Os humanos farrapos dos vencidos.
Prisioneiros da angústia e da quimera,
São os heróis das lutas torturantes,
Que são, sendo na Terra os esquecidos,
Coroados nas Luzes Deslumbrantes!
CRUZ E SOUZA.
Catarinense. Funcionário público, encarnou em 1861 e desprendeu-se em 1898, no Estado de Minas. Poeta de emotividade delicada, soube, mercê de um simbolismo inconfundível, marcar sua individualidade literária. Sua vida foi toda de dores.
RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
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