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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

- HISTÓRIA ESPIRITUAL DO BRASIL. - No. 8 - BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO. - OS MISSIONÁRIOS

                                    OS MISSIONÁRIOS.

               No livro “BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO PÁTRIA DO EVANGELHO”, o autor espiritual HUMBERTO DE CAMPOS, através da psicografia do médium FRANCISCO CANDIDO XAVIER, nos relata a seguinte passagem espiritual, histórica, sobre OS MISSIONÁRIOS.

                D. Manuel I, não apresentou qualquer tipo de surpresa pelo descobrimento das terras novas. Suas preocupações estavam todas voltadas para a conquista dos tesouros das Índias, que fazia de Lisboa uma das cidades mais poderosas daqueles tempos.
                A descoberta de Cabral despertou a curiosidade dos navegadores portugueses. A grande maioria das expedições com destino a Ásia, aportavam nas Terras de Vera Cruz, cujo nordeste centralizava atenção dos franceses, que abasteciam-se de vasta provisões de pau-brasil.
                As caravelas que partiam de Calicut traziam grande número de exilados e aventureiros. Muitos deles foram abandonados no extenço litoral brasileiro, inexplorado e desconhecido, ao influxo das inspirações do mundo invisível; eram batedores humildes, à frente dos trabalhadores que mais tarde viriam para as terras novas. O monarca estava indiferente com a colônia, que ficou abandonada aos exploradores franceses e espanhóis. Porém, compelido pela opinião pública, D. Manuel I providência as primeiras expedições oficiais, afim de que colocassem nas extensas praias os sinais das armas portuguesas. Prepara-se a expedição de Gonçalo Coelho, trouxe consigo sismógrafos notáveis, e junto veio Américo Vespúcio, famoso pelas suas cartas do Novo Mundo, nas quais infelizmente reside grande parte de literatura e de imaginação. Chegando ao litoral baiano, organiza a Feitoria de Santa Cruz.
               Depois de graves acidentes; em Vespúcio se entregou pelo interior da nação, a procura de fama e glória, pobre de possibilidades e com poucos companheiros, lança marcos de Portugal ao longo de toda a costa brasileira. Uma das emoções mais gratas do seu espírito é quadro da Baia de Guanabara. Julgando estar num estuário de um rio, e ser os primeiros dias do primeiro mês do ano denomina o local de Rio de Janeiro. Instala a Feitoria Carioca, da qual não ficaram largos vestígios, passando aí meses a fio, retemperando suas energias em contato com a natureza magnífica. Prossegue a sua tarefa, volta a metrópole, e não consegue fazer o monarca se interessar pela exploração da nova terra. O Rei limitou-se a permitir feiras de pau-brasil, facilitando aos elementos estrangeiros o desenvolvimento do comércio com os indígenas da região litorânea.
De Portugal, somente vinha para cá, aventureiros e degredados, atendendo a um apelo desconhecido e inexplicável.
               Nesta época Ismael reuniu em grande assembléia os seus colaboradores mais devotados, com o objetivo de instituir um programa para as suas atividades espirituais nas terras de Santa Cruz:
               - Irmãos, Plantemos aqui sobre o olhar misericordioso de Jesus, a bandeira da paz e do perdão. Temos um trabalho desdobrando s nossas vistas, precisamos de trabalhadores que não temam a luta e o sacrifício. Voltemos para Coimbra e Lisboa para regenerar o pensamento ampliando a nossa ação espiritual. Alguns de vós ficarão em Portugal, mantendo os protetores dos nosso trabalhos, os outros vestirão as capas humildes dos missionários penitentes, para levar o amor de Deus aos sertões carentes. Temos que buscar no seio da Igreja, as roupagens exteriores de nossa ação regeneradora.
               Infelizmente, a dolorosa situação do mundo europeu, do fanatismo religioso, tão cedo não será modificado. Somente com grandes dores acontecerá a fraternidade no seio da instituição que representará o pensamento do Senhor na face da Terra, a igreja desviou-se dos grandes princípios, pela terrível fatalidade histórica, obrigada a participar do organismo mundano e perecível dos Estados. Anuncia-se grandes reformas no âmago das organizações religiosas da Europa, e em breve, Roma conhecerá momentos amargos, obstante os sonhos amargos de Leão X, que detém a coroa injustificável, pois o reino de Jesus ainda não é deste mundo, aproveitaremos as possibilidades que o campo nos oferece, para trabalharmos na obra edificação da Pátria do Cordeiro de Deus.
                Pregareis, em Portugal, a verdade e o desprendimento das riquezas terrestre e trabalhareis, sob a minha direção, nas florestas imensas de Santa Cruz, arrebanhando as almas para o Único Pastor. O característico de vossa ação, como missionário do Pai Celestial, será um testemunho legítimo de renúncia a todos os bens materiais e uma consoladora pobreza.
               Quase todos os Espíritos presentes se ofereceram para grande missão. Entre eles José de Anchieta, O Apóstolo do Brasil, Bartolomeu de Mártires, Manuel da Nóbrega, Diogo Jácome, Leonardo Nunes e muitos outros que foram chamados.
               Em 1531, após Portugal ter resolvido, sob a direção de D. João III, a primeira tentativa de colonização da Terra de Santa Cruz, alguns dos missionários chegam ao Brasil com Martin Afonso de Souza e na sua companhia trezentos homens, tomando parte ativamente da fundação de São Vicente de Piratininga.
               Em 1549, na Bahia, aportava Manuel da Nóbrega com Tomé de Souza o primeiro governador geral do Brasil, junto com irmãos simples e infelizes, para estabelecer o progresso e dar início a cidade de Salvador.
                José de Anchieta veio em 1553, com Duarte da Costa, se transformou no desvelado apóstolo do Brasil. Designado para desenvolver os núcleos de civilização já existentes em Piratininga, ai manteve-se no seu respeitável colégio, conservados por todos governos paulistas com veneração carinhosa, como tradição de sua cultura e de sua bondade. Historiadores relataram a severidade da energia vigorosa do apóstolo,que muitas vezes, foi obrigado a assumir atitudes corretivas no seio das tribos, que, entretanto, lhe mereciam as dedicações e os desvelos de um pai. Anchieta aliou, no mundo, à suprema ternura, grande energia realizadora, mas, aqueles que na história oficial, que lhe descobre os gestos energéticos, não lhe notam a suavidade do coração e a profundeza dos sacrifícios, nem sabe que depois, foi ainda ele a maior expressão de humildade no antigo convento de Santo Antonio do Rio de Janeiro, onde, com o hábito singelo de frade, adoçou ainda mais as suas concepções de autoridade. A edificadora humildade de Fabiano de Cristo, aliada a um sentimento de renúncia total de si mesmo, constituía a última pedra que faltava na sua coroa de apóstolo da imortalidade.
                D. João III, infelizmente introduziu em Portugal a inquisição. Com o tribunal da penitenciária vieram os Jesuítas, Não nos interessa neste trabalho, a condenável instituição, praticada pela Igreja por muitos séculos. O que nos interessa é a exaltação dos missionários de Deus, que enfrentavam a escuridão das selvas para aclarar as consciências com a lição suave do Mártir do Calvário. Esses homens de fato eram o “sal da Terra”.
               Os falsos sacerdotes continuavam mascarando, em nome do Senhor, que é a misericórdia suprema, poderiam continuar ostentando as riquezas deste mundo, afastando-se dos pobres e aflitos; mas os humildes missionários da cruz ouviram a voz de Ismael, no âmago de suas almas, aos sagrado aos apelos, abandonaram todos os bens, para seguir a Luz d’aquele que sempre foi a Luz do mundo. Foram eles os primeiros traços luminosos das falanges imortais do Infinito, corporificadas na Terra do Evangelho, e com a inauguração aqui um caminho resplandecente para todas as almas transformando a Terra do Cruzeiro nunca dourada e eterna Porciúncula.

                Fonte: Livro"BRASIL CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO" - autor espiritual HUMBERTO CE CAMPOS - psicografia médium FRANCISCO C. XAVIER - editora FEB. - Rio de Janeiro, RJ.



                                                        RHEDAM. (rhedam@gmail.com)
 

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