APOIO FRATERNO.
O VÍCIO DE FUMAR E SUAS CONSEQUÊNCIAS FUTURAS XXX.
Pergunta — Ouvimos
dizer que o fato de a mulher fumar pode também influir na procriação dos
filhos. Não será esta uma opinião absurda?
Ramatís - As mulheres que fumam exageradamente tendem a gestar menor quantidade
de filhos, e algumas chegam antes do tempo à esterilidade; as que fumam durante
a gravidez são mais propensas às náuseas, vômitos, salivação, ataques nervosos,
perturbações digestivas e reduzida filtração hepatorrenal, pois a nicotina
contrai o calibre das células cônicas hepáticas e dos bacinetes renais.
Em alguns casos, é viável o aborto provocado pela inanição
circulatória, quando a nicotina cerceia demais o crescimento do feto pela
constrição dos vasos sanguíneos, e também acentua o perigo do colapso nervoso
da parturiente. A produção do leite materno também é perturbada, pois alguns
dos venenos contidos no tabaco chegam a destruir ou atrofiar grande parte dos germes
lácticos, enquanto que o óxido de carbono, que é absorvido na inalação do fumo,
inflama a traqueia e reduz os alvéolos bronquiais, causando as tradicionais dispneias
de muitas gestantes.
É evidente que muitas camponesas fumam desde jovens, sem que por isso se
defrontem com quaisquer dificuldades em sua prodigalidade gestativa, pois superam
muitas mulheres residentes nas cidades e protegidas pelos mais modernos
tratamentos obstétricos. Mas isso é porque a vida quase toda animal, simples e
livre, dos campos, à distância das opressões nervosas das cidades, favorece a
reserva de melhores defesas orgânicas e neutraliza com êxito os perigos
decorrentes do tabaco, nas gestações. No entanto, a moça que cresce no turbilhão
das cidades mergulhadas no seio dos resíduos impuros, afeita à alimentação
artificializada, tóxica e errônea, sem gozar do oxigênio puro e recuperador das
campinas e das matas vitalizantes, se se viciar com o fumo, será sempre uma
vítima de sua imprudência, visto o seu organismo já se encontrar bastante
debilitado em suas defesas naturais.
Não pretendemos exprobrar a mulher pela sua debilidade em fumar, mas consideramos
que a figura feminina é a convergência delicada da poesia divina modelada na
forma humana. Nunca o seu porte delicado se deveria humilhar aos tristes
arremedos de vícios detestáveis e próprios da imprudência masculina, como sejam
o fumo, o álcool ou a glutoneria. Só poderá restar algo de mais terno e valioso
na vida humana tornando-se a mulher a esperança e o símbolo de elevada
inspiração espiritual da própria organização humana.
A mulher moderna que se desbraga cada vez mais no vício do cigarro e da
bebida torna-se grotesca e ridícula pois, imitando os vícios do homem sem possuir
a sua força original, apenas se exibe em infeliz masculinização, que pouco a
pouco lhe destrói o encanto milenário. E assim se nivela não aos mesmos direitos
masculinos aos quais busca fazer jus na comunidade humana, mas sim ao rol dos
vícios perniciosos preferidos pelos homens negligentes e ainda desinteressados
de sua própria ventura espiritual. Embora seja mulher, não se esquivará de
sofrer no AlémTúmulo os terríveis efeitos da nicotina astral a circular-lhe pelo
perispírito, obedecendo fielmente à lei de que “a semeadura é livre, mas a
colheita é obrigatória”.
Para muitas mulheres que fumam desbragadamente, será muito triste, no
futuro, que, por efeito de sua negligência espiritual, também se transformem em
exóticas “piteiras vivas” de outras infelizes mulheres torturadas e vencidas pelo
desejo do mesmo vício do fumo no AlémTúmulo.
Como o sexo é apenas sinalética saliente no mundo físico, na intimidade
do corpo masculino ou feminino reside sempre a alma colhendo de conformidade
com a sua sementeira e ligando-se aos campos da vida do Além na conformidade de
sua própria afinidade espiritual para com o Bem e para com o Mal; para com o
digno ou para com o vicio.
Fonte: Livro
FISIOLOGIA DA ALMA. – RAMATIS. – Psicografado pelo Médium HERCILIO MAES. – 15 ª
edição. – Editora do Conhecimento – Limeira, SP. – Ano 2010.
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