”CHICO XAVIER, A SOMBRA DO ABACATEIRO”.
“BEM-AVENTURADOS OS QUE SÃO MISERICORDIOSOS”
Comentário de Chico Xavier:
“Perdoar aos amigos, é pedir perdão para si mesmo: perdoar aos amigos, é dar-lhes uma prova de amizade, perdoar as ofensas é mostrar que se tornou melhor.”
“Nós conhecemos, NA DOUTRINA Espírita, uma característica muito interessante – a livre expressão. Alguns possuem um Guia determinado, outros possuem outros Amigos Espirituais. E isso causa muita discussão na Doutrina. De legião dos cristãos nós somos talvez a mais discutidora, no campo doutrinário do Evangelho. Outros irmãos não param o pensamento para analisar, mas a comunidade espírita lê bastante e interpreta muito. E nesse interpretar encontramos o antagonismo de uma pessoa para com a outra...
As pessoas passam a não ser tolerantes. Dizem: “Gosto muito de fulano, mas não gosto do trabalho que executa.”
- Nós sabemos que a nossa meta é Jesus Cristo, a mesma meta de todos os cristãos. Nós que temos essa faculdade, por enquanto – por enquanto, porque a qualquer hora poderemos ter isso cassado – da livre discussão e da livre opinião, deveríamos anotar este lema: “Desculpar os amigos, de qualquer maneira, de qualquer falta...”
“Os inimigos estão fora dessa observação, aqueles que se nos fazem adversários estão mais ou menos longe, não dão trabalho à nossa cabeça. Entre nós outros, os amigos entre si, para conduzirmos nossa bandeira para frente, precisamos ser mais amigos uns dos outros; a hora requer que sejamos mais amigos... Se somos considerados minoria, por que nos vamos hostilizar? Ante os muitos milhões, somos poucos... Pelo fato de sermos minoria, deveríamos amar ainda mais os nossos amigos; sabendo que o trabalho deles se altera de dia para dia, como julgar o amigo por atitudes de um dia só?
(...) “Então, essa tolerância seria para nós uma espécie de cimento de união para sermos de fato companheiros uns dos outros, amigos uns dos outros, irmãos uns dos outros... Nós não temos usado com bastante sensatez essa liberdade de opinião irrestrita... É um ponto de vist que emitimos pensando na necessidade de tolerância em nossos grupos.
“Não é que devemos esquecer os amigos, não. Também são filhos de Deus. Se estão se aproximando de nós, é nosso dever dialogar com eles. Mas, sobretudo, entre nós outros, os amigos, devemos ter mais união. A nossa Imprensa, a nossa vida nas instituições nos mostra diferente... Às vezes estamos tão separados, a ponto de uma outra autoridade religiosa, de outro culto dizer: ”Os espíritas do Brasil conseguiram um prodígio: conseguiram ser inimigos íntimos...”
“Precisamos respeitar todos os trabalhos e todos os companheiros.”
Fonte: Livro: “CHICO XAVIER , A SOMBRA DO ABACATEIRO”, - Carlos A Baccelli, - Edição Ideal.
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