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quinta-feira, 28 de junho de 2018

- ROTEIRO DE INICIAÇÃO AO ESTUDO DO ESPIRITISMO. - AULA N º. 17. - MÉDIUM E MEDIUNIDADE. - ANEXO N º. 247. - O SILÊNCIO É A TÔNICA. - MIRAMEZ. (JOÃO NUNES MAIA.)


      O SILÊNCIO É A TÔNICA.

Em todo transe mediúnico, o silêncio marca os primeiros passos para uma boa comunicação entre os dois mundos, como para qualquer tipo de exercício da mediunidade.
O barulho nos tira da harmonia por criar perturbação no ambiente onde procuramos a paz. Todo equilíbrio requer brandura. A música nos ajuda muito nos requintes dos ajustamentos vibratórios, desde que ela não passe dos tons que alteram a nossa audição. A própria conversação tem uma escala, de maneira a não irritar a nossa sensibilidade auditiva. Quando falamos que o silêncio é a tônica para o trabalho com o Cristo, falamos da moderação de todos quantos se reúnem para os trabalhos espirituais. Todos os dons, sem exceção, estão ligados ou superligados ao sistema nervoso, que vibra em uma faixa onde a harmonia é a vida. Ao passar das vibrações que ele não comporta, não nos sentimos bem. E a própria educação nos convida para a suavidade no falar e para a delicadeza nos gestos. De outra forma, demonstramos que não aprendemos a ternura. Quando sefaia em amor, lembramo-nos imediatamente da afeição, da prudência de uma atmosfera onde todos se entendem sem os devidos barulhos que a ignorância incentiva e que a prepotência alimenta.
Em quase todas as mensagens, lembramo-nos da educação, disciplina de todos nós, onde fomos chamados a viver porque, sem ela, dificilmente encontramos a paz. Se já estás lendo este livro, algo está te falando por dentro, que deves trabalhar com tuas próprias forças, que conquistaste, não te esquecendo da auto-educação, que não deixa de ser uma disciplina de todos os impulsos que se fazem conhecidos pela inferioridade.
É tão agradável conversar com alguém que ama a moderação nas próprias palavras, que articula os sons na medida que agrada e eleva! Essa personagem fica sempre inesquecível em nossos corações. Procuramos sempre médiuns que amam a educação das palavras e usam o freio nos impulsos desnecessários e prejudiciais à boa paz.
Podes atrair bons Espíritos com os esforços que empregas no aprimoramento das tuas qualidades internas, mas no relaxamento desses valores, vêm as trevas semear a discórdia, sem a devida compostura.
Na Terra, há ambiente para muito silêncio, porque existem momentos em que a ignorância pode atrofiar certos valores, formando discussões. É inteligente se calar até o Bem tomar corpo e crescer no entendimento dos que ouvem. Entretanto, quando a palavra é útil, devemos usá-la. Ela constrói onde haja quem saiba ouvir. O médium curador, aquele que trouxe consigo o dom de aliviar os enfermos, se não sabe, é bom aprender a entrar em silêncio, buscando as forças superiores pelas meditações e os pensamentos universais dos mais profundos ensinamentos da vida.
A natureza divina nos fala constantemente pelos seus variados recursos. Basta que ouçamos com as faculdades que devemos aguçar, doadas pelo próprio Deus. É para tanto que escrevemos e estaremos sempre ao lado dos homens e, juntos, se Deus quiser, alcançaremos a luz do verdadeiro entendimento.
Vejamos o porquê da educação. O homem amável dificilmente é atingido pelo nervosismo, por estar amparado pela bondade. A criatura delicada não tem tempo para se lembrar de agressões e já se encontra fora da faixa de orgulho. O Espírito prudente se admira quando vê alguém envolvido pela violência e não acredita que a opressão dê bons resultados.
O cultivo das virtudes é o melhor antídoto contra qualquer mal que se possa encontrar pelos caminhos. A mediunidade precisa desse ambiente de serenidade e confiança, porque sem o Evangelho, não podemos acreditar em intercâmbio com os Espíritos, de modo útil para a humanidade. Se os homens não tomarem novas direções de vida, diferentes daquelas que os levaram a guerras fratricidas e a discórdias internacionais e internas, se não procurarem urgentemente educar os sentimentos, não sabemos o que será do mundo onde habitas, ou para onde deveras ir, em virtude do endurecimento dos corações.
Em tempos passados, a Terra recebeu avalanche de Espíritos vindos dos expurgos de outros planetas, que não quiseram ouvir a voz do Bem. Agora pode-se repetir essa triagem de almas a serem levadas para outros mundos, repetindo o que aconteceu em outras casas de Deus. Sao entidades que não desejam acordar para a luz do entendimento espiritual. Elas se deitam e vivem nas camas dos confortos transitórios do mundo e não desejam conhecer coisas melhores, porque isso requer esforço próprio e conquista com o próprio suor. Renunciam ao amor que nivela todas as criaturas como filhas de Deus.
Médium! Espírita! Abraça o chamado, para que possas ser escolhido no sentido de herdar a Terra e ficar nela, porque na verdade te dizemos que este planeta que habitas é o paraíso que podes perder, se não deixares o Cristo nascer em teu coração.

            Livro: “SEGURANÇA MEDIÚNICA”, - MIRAMEZ., - Psicografado por João Nunes Maia, - 12 ª edição, - Editora Fonte Viva, - BELO HORIZONTE, MG, - 1998..

                        RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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