O SILÊNCIO É A TÔNICA.
Em todo transe
mediúnico, o silêncio marca os primeiros passos para uma boa comunicação entre
os dois mundos, como para qualquer tipo de exercício da mediunidade.
O barulho nos
tira da harmonia por criar perturbação no ambiente onde procuramos a paz. Todo
equilíbrio requer brandura. A música nos ajuda muito nos requintes dos
ajustamentos vibratórios, desde que ela não passe dos tons que alteram a nossa
audição. A própria conversação tem uma escala, de maneira a não irritar a nossa
sensibilidade auditiva. Quando falamos que o silêncio é a tônica para o
trabalho com o Cristo, falamos da moderação de todos quantos se reúnem para os
trabalhos espirituais. Todos os dons, sem exceção, estão ligados ou
superligados ao sistema nervoso, que vibra em uma faixa onde a harmonia é a
vida. Ao passar das vibrações que ele não comporta, não nos sentimos bem. E a
própria educação nos convida para a suavidade no falar e para a delicadeza nos
gestos. De outra forma, demonstramos que não aprendemos a ternura. Quando
sefaia em amor, lembramo-nos imediatamente da afeição, da prudência de uma
atmosfera onde todos se entendem sem os devidos barulhos que a ignorância
incentiva e que a prepotência alimenta.
Em quase todas
as mensagens, lembramo-nos da educação, disciplina de todos nós, onde fomos
chamados a viver porque, sem ela, dificilmente encontramos a paz. Se já estás
lendo este livro, algo está te falando por dentro, que deves trabalhar com tuas
próprias forças, que conquistaste, não te esquecendo da auto-educação, que não
deixa de ser uma disciplina de todos os impulsos que se fazem conhecidos pela
inferioridade.
É tão agradável
conversar com alguém que ama a moderação nas próprias palavras, que articula os
sons na medida que agrada e eleva! Essa personagem fica sempre inesquecível em
nossos corações. Procuramos sempre médiuns que amam a educação das palavras e
usam o freio nos impulsos desnecessários e prejudiciais à boa paz.
Podes atrair
bons Espíritos com os esforços que empregas no aprimoramento das tuas
qualidades internas, mas no relaxamento desses valores, vêm as trevas semear a
discórdia, sem a devida compostura.
Na Terra, há
ambiente para muito silêncio, porque existem momentos em que a ignorância pode
atrofiar certos valores, formando discussões. É inteligente se calar até o Bem
tomar corpo e crescer no entendimento dos que ouvem. Entretanto, quando a
palavra é útil, devemos usá-la. Ela constrói onde haja quem saiba ouvir. O
médium curador, aquele que trouxe consigo o dom de aliviar os enfermos, se não
sabe, é bom aprender a entrar em silêncio, buscando as forças superiores pelas
meditações e os pensamentos universais dos mais profundos ensinamentos da vida.
A natureza
divina nos fala constantemente pelos seus variados recursos. Basta que ouçamos
com as faculdades que devemos aguçar, doadas pelo próprio Deus. É para tanto
que escrevemos e estaremos sempre ao lado dos homens e, juntos, se Deus quiser,
alcançaremos a luz do verdadeiro entendimento.
Vejamos
o porquê da educação. O homem amável dificilmente é atingido pelo nervosismo,
por estar amparado pela bondade. A criatura delicada não tem tempo para se
lembrar de agressões e já se encontra fora da faixa de orgulho. O Espírito
prudente se admira quando vê alguém envolvido pela violência e não acredita que
a opressão dê bons resultados.
O cultivo das
virtudes é o melhor antídoto contra qualquer mal que se possa encontrar pelos
caminhos. A mediunidade precisa desse ambiente de serenidade e confiança,
porque sem o Evangelho, não podemos acreditar em intercâmbio com os Espíritos,
de modo útil para a humanidade. Se os homens não tomarem novas direções de
vida, diferentes daquelas que os levaram a guerras fratricidas e a discórdias
internacionais e internas, se não procurarem urgentemente educar os
sentimentos, não sabemos o que será do mundo onde habitas, ou para onde deveras
ir, em virtude do endurecimento dos corações.
Em tempos
passados, a Terra recebeu avalanche de Espíritos vindos dos expurgos de outros
planetas, que não quiseram ouvir a voz do Bem. Agora pode-se repetir essa
triagem de almas a serem levadas para outros mundos, repetindo o que aconteceu
em outras casas de Deus. Sao entidades que não desejam acordar para a luz do
entendimento espiritual. Elas se deitam e vivem nas camas dos confortos
transitórios do mundo e não desejam conhecer coisas melhores, porque isso
requer esforço próprio e conquista com o próprio suor. Renunciam ao amor que
nivela todas as criaturas como filhas de Deus.
Médium!
Espírita! Abraça o chamado, para que possas ser escolhido no sentido de herdar
a Terra e ficar nela, porque na verdade te dizemos que este planeta que habitas
é o paraíso que podes perder, se não deixares o Cristo nascer em teu coração.
Livro: “SEGURANÇA MEDIÚNICA”, - MIRAMEZ., - Psicografado
por João Nunes Maia, - 12 ª edição, - Editora Fonte Viva, - BELO HORIZONTE, MG,
- 1998..
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