CAPÍTULO XII.
AMAI OS VOSSOS INIMIGOS.
O DUELO.
16. Nota. Os duelos se vão tornando cada vez mais raros
e, se de tempos a tempos alguns de tão dolorosos exemplos se dão, o número
deles não se pode comparar com o dos que ocorriam outrora. Antigamente, um homem
não saía de casa sem prever um encontro, pelo que tomava sempre as necessárias
precauções. Um sinal característico dos costumes do tempo e dos povos se nos
depara no porte habitual, ostensivo ou oculto, de armas ofensivas ou
defensivas. A abolição de semelhante uso demonstra o abrandamento dos costumes
e é curioso acompanhar-lhes a gradação, desde a época em que os cavaleiros só
cavalgavam bardados de ferro e armados de lança, até a em que uma simples
espada à cinta constituía mais um adorno e um acessório do brasão do que uma
arma de agressão. Outro indício da modificação dos costumes está em que,
outrora, os combates singulares se empenhavam em plena rua, diante da turba,
que se afastava para deixar livre o campo aos combatentes, ao passo que estes
hoje se ocultam. Presentemente, a morte de um homem é acontecimento que causa
emoção, enquanto noutros tempos ninguém dava atenção a isso.
O Espiritismo apagará esses últimos vestígios da barbárie,
incutindo nos homens o espírito de caridade e de fraternidade.
Fonte: O
Evangelho Segundo o Espiritismo - Allan Kardec – Tradução Guillon Ribeiro – 131
a. Edição - Editora FEB – Rio de Janeiro, RJ – janeiro 2013.
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