A MORTE ESPIRITUAL XII.
“Voltemos à criança. Até ao
nascer, todas as faculdades se
lhe encontram em estado latente, nenhuma consciência de si mesmo tem o
Espírito. As que devam desenvolver-se não desabrocham de súbito no ato de
nascer; o desenvolvimento delas acompanha o dos órgãos que terão de servir para
as suas manifestações; por meio da atividade íntima em que se põem, elas
impulsionam o desenvolvimento dos órgãos que lhes correspondem, do mesmo modo
que o broto, ao nascer, força a casca da árvore. Daí resulta que, na primeira
infância, o Espírito não goza em plenitude de nenhuma de suas faculdades, não
só como encarnado, mas também como Espírito livre. Ele é verdadeiramente
infantil, como o corpo a que se acha ligado, sem, contudo, estar neste
comprimido penosamente. A não ser assim, Deus houvera feito da encarnação um
suplício para todos os Espíritos, bons ou maus.
O mesmo, porém, não acontece com o idiota ou o cretino.Nestes,
não se tendo os órgãos desenvolvido paralelamente às faculdades, o Espírito
acaba por achar-se na posição de um homem preso por laços que lhe tiram a
liberdade dos movimentos. Tal a razão por que se pode evocar o espírito de um
idiota e obter respostas sensatas, ao passo que o de uma criança de muito pouca
idade, ou que ainda não veio à luz, é incapaz de responder.
ALLAN
KARDEC.
Fonte: O Livro “OBRAS PÓSTUMAS”, - Allan Kardec –27 a.
Edição. –Instituto de Difusão Espírita , - Araras, SP. – Maio 2012.
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