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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

- MENSAGEM PARA A UNIFICAÇÃO. - PRECE. - JOSÉ PITITINGA. (DIVALDO PEREIRA FRANCO.)



                                        PRECE.

            Senhor Jesus!
            Abençoa os operários da tua obra, na diligência da Boa Nova!
            Não é esta a primeira vez que nos reunimos para prometer-te fidelidade e logo abandonar a tarefa...
            Não é este o primeiro encontro contigo, no qual te juramos fidelidade para, de imediato, desertar...
            Não constitui experiência nova este momento de nossas almas, quando nos dispomos à edificação do teu reino no coração, a fim de, imediatamente cair no abismo do eu, longe do compromisso contigo.
            De início, o fascínio da tua voz penetrou-nos o espírito e a dimensão da tua rota concitou-nos ao abandono de tudo, a fim de segui-la; porém, despertamos no parasitismo e na ilusão em que nos comprazemos.
            Depois, arbitrariamente, introduzimos os nossos no Estatuto da Lei e corrompemos a excelsitude dos teus ensinos, acordando na inutilidade, que nos atirou ao abismo, e, para reiniciarmos a luta, eis-nos no chavascal dos equívocos despropositados...
            Posteriormente, sentido a necessidade de estabelecer normas personalistas, olvidamos a diretriz do amor e nos enclausuramos na egolatria, construindo o cárcere de sombra e desdita em que nos emparedamos demoradamente.
            Com os teus embaixadores, ao lado de Lutero ou de Francisco de Assis, de Teresa D’Ávila ou de João Huss, de Joana D’Arc ou de Bousset, de Allan Kardec ou das Vozes do Céus”, assumimos compromisso inadiável, para logo arrebentarmos os liames de ligação com a verdade e enlouquecermos dominados pela insânia, sob a constrição das manifestações espirituais...
            Agora, Jesus, reencontramo-nos contigo e nos acenas o momento divino da reparação, com a qual nos comprometemos outra vez, na aduana das realizações novas, para o desiderato a que nos convocas.
            Ajuda-nos, na fragilidade em que nos debatemos.
Segura-nos, na insipiência em que nos demoramos.
            Dá-nos as tuas mãos para que as nossas débeis e trêmulas mãos possam operar incessantemente no bem, até o instante da nossa libertação total.
            Não mais desejamos repetir enganos. Agora, clarificados pelo Evangelho restaurado, é do nosso empenho espazir, pelo exemplo da união, a luz da era melhor do Espírito imortal.
            Unir é identificar, interpenetrando sentimentos e convicções, na pauta comum dos interesses gerais; mas unir contigo é agregar-se, permitindo-se penetrar, a fim de que o teu ideal da Humanidade do amanhã.
            Ante a Unificação dos labores que nos congregam, nas linhas do Espiritismo, nós te pedimos que nos dês consciência para agir, discernimento para compreender e nobreza para perseverar, haja o que haja, porquanto, em ti haurimos o exemplo máximo da dedicação, até o sacrifício da vida por amor a todas as vidas, em nome da Vida Abundante de todos nós.
            Abençoa, pois, Senhor e Guia Divino, os teus trabalhadores desencarnados e encarnados no começo da obra de restauração da Verdade na Terra, ora reafirmada neste documento de amor, que leva o sinete da tua misericordiosa presença.

                                                                                              JOSÉ PETITINGA.

            (Página psicofônica recebida pelo médium Divaldo P. Franco, na sede da União Espírita Baiana, na manhã de 11/02/73, quando da fundação da Federação Espírita do Estado da Bahia, em Salvador, Bahia.)

Fonte: O REFORMADOR. – No. 2. Fevereiro de 1974.

                        RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)

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