PRECE.
Senhor
Jesus!
Abençoa
os operários da tua obra, na diligência da Boa Nova!
Não
é esta a primeira vez que nos reunimos para prometer-te fidelidade e logo
abandonar a tarefa...
Não
é este o primeiro encontro contigo, no qual te juramos fidelidade para, de
imediato, desertar...
Não
constitui experiência nova este momento de nossas almas, quando nos dispomos à
edificação do teu reino no coração, a fim de, imediatamente cair no abismo do
eu, longe do compromisso contigo.
De
início, o fascínio da tua voz penetrou-nos o espírito e a dimensão da tua rota
concitou-nos ao abandono de tudo, a fim de segui-la; porém, despertamos no
parasitismo e na ilusão em que nos comprazemos.
Depois,
arbitrariamente, introduzimos os nossos no Estatuto da Lei e corrompemos a
excelsitude dos teus ensinos, acordando na inutilidade, que nos atirou ao
abismo, e, para reiniciarmos a luta, eis-nos no chavascal dos equívocos
despropositados...
Posteriormente,
sentido a necessidade de estabelecer normas personalistas, olvidamos a diretriz
do amor e nos enclausuramos na egolatria, construindo o cárcere de sombra e
desdita em que nos emparedamos demoradamente.
Com
os teus embaixadores, ao lado de Lutero ou de Francisco de Assis, de Teresa
D’Ávila ou de João Huss, de Joana D’Arc ou de Bousset, de Allan Kardec ou das
Vozes do Céus”, assumimos compromisso inadiável, para logo arrebentarmos os
liames de ligação com a verdade e enlouquecermos dominados pela insânia, sob a
constrição das manifestações espirituais...
Agora,
Jesus, reencontramo-nos contigo e nos acenas o momento divino da reparação, com
a qual nos comprometemos outra vez, na aduana das realizações novas, para o
desiderato a que nos convocas.
Ajuda-nos,
na fragilidade em que nos debatemos.
Segura-nos, na
insipiência em que nos demoramos.
Dá-nos
as tuas mãos para que as nossas débeis e trêmulas mãos possam operar
incessantemente no bem, até o instante da nossa libertação total.
Não
mais desejamos repetir enganos. Agora, clarificados pelo Evangelho restaurado,
é do nosso empenho espazir, pelo exemplo da união, a luz da era melhor do
Espírito imortal.
Unir
é identificar, interpenetrando sentimentos e convicções, na pauta comum dos
interesses gerais; mas unir contigo é agregar-se, permitindo-se penetrar, a fim
de que o teu ideal da Humanidade do amanhã.
Ante
a Unificação dos labores que nos congregam, nas linhas do Espiritismo, nós te
pedimos que nos dês consciência para agir, discernimento para compreender e nobreza
para perseverar, haja o que haja, porquanto, em ti haurimos o exemplo máximo da
dedicação, até o sacrifício da vida por amor a todas as vidas, em nome da Vida
Abundante de todos nós.
Abençoa,
pois, Senhor e Guia Divino, os teus trabalhadores desencarnados e encarnados no
começo da obra de restauração da Verdade na Terra, ora reafirmada neste
documento de amor, que leva o sinete da tua misericordiosa presença.
JOSÉ
PETITINGA.
(Página
psicofônica recebida pelo médium Divaldo P. Franco, na sede da União Espírita
Baiana, na manhã de 11/02/73, quando da fundação da Federação Espírita do
Estado da Bahia, em Salvador, Bahia.)
Fonte: O REFORMADOR. – No. 2. Fevereiro de 1974.
RHEDAM.
(mzgcar@gmail.com)
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