REVELAÇÕES E PRECONCEITOS
Reunião
pública de 15/8/1960 - Questão nº 301 Parágrafo 3º
Inquires, muita vez, por que motivo os instrutores desencarnados
silenciam determinados temas doutrinários em determinadas regiões.
Junto desse ou daquele povo, falam na reencarnação, com veemência,
enquanto que, junto de outros, parecem ignorá-la.
Aqui, relacionam as graves consequências do suicídio, e, adiante,
como que apagam todas as referências em torno de semelhante calamidade, considerada,
ainda, em certos agrupamentos raciais, como ponto de honra.
Em muitos lugares prestigiam as observações do fenômeno, e, em
outros, destacam os merecimentos da escola.
*
Entretanto, é preciso reconhecer que há alimento físico e alimento
espiritual.
E tanto quanto existem idades e condições físicas, existem idades
e condições espirituais.
É necessário, desse modo, observar os mecanismos gástricos e os mecanismos
mentais de cada criatura em si mesma.
Não se administra à criança a alimentação devida ao adulto e não
se oferece ao adulto a alimentação artificial da chupeta.
Há doentes que pedem soro para se equilibrarem.
Há enfermos que exigem a transfusão de sangue para fugirem da
inanição.
E, em toda a parte, vemos pessoas que ainda não aprenderam a raciocinar
por si mesmas, reclamando ideias àqueles que as dirigem, à maneira dos fetos
que não podem manobrar os órgãos em formação, esperando sustento, pela
endosmose, no claustro maternal em que se corporificam.
*
Estudemos a posição particular dos companheiros da caminhada
humana,
Oferecendo-lhes a verdade dosada em amor.
A Divina Sabedoria não aprova princípios de violência.
Os próprios pais da Terra esperam, compassivos, pelo crescimento
dos filhos, a fim de entregá-los às bênçãos da Natureza, cada qual a seu tempo.
Contudo, porque a vida nos trace a todos o claro dever da
tolerância fraterna, ensinando-nos a respeitar os preconceitos dos outros, não
temos a obrigação de adorar ou louvar, propagar ou seguir preconceito algum.
Livro: “SEARA DOS MÉDIUNS”, - Emmanuel, - Psicografado
por Francisco Cândido Xavier, - 12 ª edição, - Editora F E B, - Rio de Janeiro,
RJ, - Abril de 2000.
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