Auxiliando Almas a Vencer a Dependência
Química.
DROGAS.
CONCEITOS: (conforme DUNCAN, 2004)
COMORBIDADE:
Resolvemos colocar esse conceito nessa reedição devido
a alguns equívocos que observamos por parte de alguns dependentes,
codependentes e também monitores de fazendas terapêuticas e grupos de
autoajuda, que vêem a dependência química apenas como uma doença isolada, que é
realidade em aproximadamente metade dos casos, pois existem pacientes com
diagnóstico duais, isto é, tem um transtorno por uso de substâncias e outra
doença psiquiátrica associada. As doenças psiquiátricas podem proceder,
manifestarem-se juntamente ou em de concorrência do uso de substâncias. Podem
precipitar seu início ou modificar seu curso, e, ainda, estarem, ambos,
presentes, mas como condições independentes no indivíduo.
Para Sadok
(2007), os dependentes de álcool, cocaína e opiáceos são os que mais freqüentemente
tem outra doença psiquiátrica associada e entre elas as mais comuns são:
transtornos de personalidade anti-social, transtornos afetivos (depressão e
transtorno bipolar), as psicoses e os transtornos de ansiedade.
Para ilustrar trazemos o caso de um
rapaz de 25 anos, usuário de cocaína que vinha a três meses em tratamento em
uma fazenda terapêutica e começou a receber a orientação do monitor da fazenda
para interromper suas medicações sob a alegação de que seriam apenas “bengalas”
e que ele só estaria trocando uma droga por outras. Porém tratava-se de uma
pessoa que tinha uma doença chamada transtorno bipolar e que ao parar o
tratamento medicamentoso começou a ficar irritado, acreditando que não
precisava ficar mais na fazenda, pois achava que poderia se curar sozinho,
perdeu a crítica em relação à doença, interrompendo o programa de 12 passos que
vinha tendo bons resultados. Seu comportamento ficou diferente daquele que
vinha apresentando durante os quase três meses na instituição, passou a ficar
mais agressivo e por fim negando totalmente que tivesse qualquer problema coma
drogadição, o que culminou com o abandono do tratamento. Portanto fica o alerta
para esse tipo de atitude, pois nem todas as intervenções são aplicáveis a
todos os tipos de usuários, e que iniciar ou finalizar um tratamento
medicamentoso exige avaliação psiquiátrica.
O autor supracitado enfatiza a
depressão e o suicídio: um terço à metade dos abusadores ou dependentes de
opiáceos, 40% dos abusadores ou dependentes do álcool apresentam depressão em
algum momento de suas vidas. O uso de substâncias também é um importante
causador do suicídio direto (isso sem falar do suicídio indireto que está se
realizando lentamente pelo uso da substância). As pessoas que morrem de
suicídio do que a população em geral e 15% dessas pessoas comete mesmo o suicídio.
Essa freqüência perde apena para o transtorno depressivo maior.
Fonte: Livro APOIO FRATERNO - Edson
Luis dos Santos Cardozo e Autores Diversos - 3ª edição - Grupo Espírita Seara
Do Mestre - Santo Ângelo, RS - Julho 2010.
RHEDAM. (mzgcar@gmail.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário