O LIVRO DOS MÉDIUNS.
SEGUNDA PARTE.
CAPÍTULO VI.
MANIFESTAÇÕES VISUAIS.
ENSAIO TEÓRICO SOBRE AS APARIÇÕES.
104. O Espírito protetor quer ou pode
aparecer revestido, algumas vezes de uma forma ainda mais nítida, tendo todas
as aparências de um corpo sólido, a ponto de produzir uma ilusão completa e
fazer crer que esta diante de um ser corporal. Em alguns casos, enfim, e sob o
império de certas circunstâncias, a tangibilidade pode tornar-se real, quer
dizer, se o pode tocar, apalpar, sentir a mesma resistência, o mesmo calor como
da parte de um corpo vivo, o que não impede de desvanecer com rapidez do
relâmpago. Então, não é mais pelos olhos que se constata a presença, mas pelo
toque. Se se podia atribuir à ilusão, ou a uma espécie de fascinação, a
aparição simplesmente visual, não é mais permitida a dúvida quando se pode
agarrá-la, palpar, quando ela mesma nos agarra e nos aperta. Os fatos de
aparições tangíveis são os mais raros; ma aqueles que ocorreram nestes últimos
tempos, pela influência de um médium poderoso, e que têm toda autenticidade de
testemunhos irrecusáveis, provam e explicam os que a história relaciona a
respeito de pessoas que se mostram, depois da morte, com todas as aparências da
realidade. Além disso, como dissemos, por extraordinários sejam semelhantes
fenômenos, todo o maravilhoso desaparece que longe de serem uma derrogação das
leis da Natureza, são delas apenas uma nova aplicação.
Fonte, “Livro dos Médiuns“, Allan Kardec, da 18º. edição, abril de 1991, do
Instituto de Difusão Espírita de Araras, SP.
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