SEARA DOS MÉDIUNS.
Reunião pública de 25-01-1960. –
L. M. Questão n º. 28 - 1.º, 2.º e 3.º.
COMPANHEIROS.
Há muitos companheiros realmente
assim...
Declaram-se espíritas.
Proclamam-se convencidos, quanto a
sobrevivência.
Relacionam casos maravilhosos.
Exibem apontamentos inatacáveis.
Referem-se, freqüentemente, aos
sábios que pesquisaram as forças psíquicas.
Andam de experiência em experiência.
Fitam médiuns como se vissem animais
raros.
Não alimentam dúvidas quanto aos fatos
inabituais no seio da própria família, mas desconfiam das observações nascidas
no lar de outrem.
Conservadores primorosos.
Mas não mostram mudança alguma.
São na convicção o que eram na
negação.
Nobres expoentes de cultura
intelectual, não estendem migalha de conhecimento superior a quem quer que
seja.
Detentores de vantagens humanas, não
se dignam ajudar a ninguém.
*
Felizmente, contudo, temos os
companheiros da luta incessante.
Afirmam-se também espíritas.
Mas compreendem que o fenômeno, diante
da verdade, pode ser considerado à afeção de casca de fruto.
Têm os médiuns como pessoas comuns,
necessitadas de entendimento e auxílio.
Sabem que a existência na Terra é
como estágio na escola.
E, por isso, não perdem tempo.
Moram no trabalho constante.
Indulgentes para com todos e severos
para consigo mesmos.
Aceitam a justiça perfeita, através
da reencarnação,e acolhem no sofrimento o curso preciso ao burilamento da
própria alma.
Verificam que o erro dos outros
podia ser deles próprios e, em razão disso, não perdem a paciência.
Reconhecendo-se imperfeitos, perdoam,
sem cavilar, as imperfeições alheias.
E vivem a caridade como simples
dever, aprendendo e servindo sempre.
São esses que Allan Kardec, em sua
palavra esclarecida, define como sendo “ os espíritas verdadeiros ou, melhor,
os espíritas-cristãos”.
EMMANUEL.
(CHICO XAVIER.)
Livro: “SEARA DOS MÉDIUNS”, -
Emmanuel, - Psicografado por Francisco Cândido Xavier, - 12 ª edição, - Editora
F E B, - Rio de Janeiro, RJ, - Abril de 2000.
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