MEDIUNIDADE
E EVANGELHO.
A SERVIÇO DO CRISTO.
“12. Compreendemos que os Espíritos superiores não se ocupam de coisas que estão abaixo deles; mas,
perguntamos se, em razão de serem mais desmaterializados, teriam a força de
fazê-lo, se tivessem disso vontade?
“Eles têm a força moral
como os outros têm a força física: quando têm necessidade dessa força,
servem-se daqueles que a possuem. Não nos foi dito que se servem dos Espíritos
inferiores como fazeis com os carregadores?” (Cap. IV – Segunda Parte – item
74)
O trabalho da construção do Reino
Divino na Terra permanece sob a orientação de Jesus Cristo, o Governador
Espiritual de orbe que nos serve de moradia entre as múltiplas moradas da Casa
do Pai.
Conforme Espíritos superiores nos
têm dito também a nós, os companheiros desencarnados domiciliados nas regiões
próximas ao planeta-, Jesus tomou a Terra sob a sua responsabilidade desde
quando ela desprendeu-se da nebulosa solar... Foi Ele que orientou e que
orienta, de Mais Alto, todas as iniciativas que objetivam o progresso da
Humanidade.
Os grandes missionários, quais Rama,
Buda, Lao-Tsé, Sócrates e tantos outros que, de tempos em tempos,
corporificam-se no orbe terrestre, são seus enviados abrindo caminhos para a
vitória do Evangelho.
Foi ele que dialogou com Moisés em
várias oportunidades e o próprio Decálogo pode ser considerado como de sua
autoria. Era ele que falava pela boca dos Profetas e foi Ele ainda que,
cumprindo a promessa, providenciou a vida do Consolador através do Espírito de
Verdade.
Entre o Senhor e os homens, no
entanto, existem milhares de intermediários, qual se fosse, cada um deles, os
degraus de uma imensa escada, cujo ápice abençoado se encontra situado em
alguma parte do firmamento estrelado...
Assim como “tudo se encadeia no
Universo”, até mesmo o mal concorre na obra de espiritualização das criaturas,
sendo utilizado para exaltar a força do Bem. Somos, todos, “instrumentos” de
aperfeiçoamento uns dos outros, aprendendo a duras penas o que nos compete
saber.
Em todos os reinos da Natureza,
existem Espíritos que se responsabilizam pelos elementos que os constituem. No
reino vegetal, por exemplo, verdadeiro laboratório de experimentos, há
Espíritos que se entregam à criação de novas espécies de árvores, plantas,
flores e frutos, promovendo, com o concurso valioso do tempo, o “cruzamento”
das espécies em extinção, a ciência está sempre descobrindo novos tipos de vida
vegetal.
Este preâmbulo em nossas
considerações é para afirmarmos que todos os Espíritos, de uma forma ou de
outra, mesmo agindo de maneira inconsciente, estão a serviço do Cristo, qual se
fossem as notas musicais de uma Excelsa Sinfonia, cuja orquestração permanece
nas Mãos do Maestro Divino.
Dentro de nossas reflexões,
recordemo-nos das palavras inspiradas que lhe dirigiu, em Cafarnaum, o
centurião que rogava-lhe a cura de seu próprio servo: “ Senhor, não sou digno
de que entres em minha casa; mas apenas manda com uma palavra, e o meu rapaz
será curado.
Pois também eu sou homem sujeito a
autoridade, tenho soldados às minhas ordens, e digo a este: Vai, e ele vai, e a
outro: Vem, e ele vem: e ao meu servo: Faze isto, e ele faz.”
Os Espíritos, mesmo aqueles que se
ocupam dos assuntos humanos mais triviais, submetendo-se ao capricho de quantos
lhes evocam a presença, estão cumprindo uma tarefa da qual, na maioria das
vezes, eles próprios não suspeitam. Creem estar agindo por si mesmos, quando,
na realidade, agem sob o “impulso” da Lei que rege os nossos destinos.
Quando chega o momento de que algo
aconteça, tornamo-nos os “instrumentos” da ação que deve se desencadear.
Lembrando o que nos disse Jesus: “... é necessário que venham escândalos: mas
aí do homem por quem o escândalo venha”, entendamos que o mal, se corrige quem
o recebe, não deixa de voltar-se contra o seu agente, transfigurando-se em bem
tanto para um quanto para outro, à luz da Lei de Ação e Reação.
Quando a Codificação da Doutrina,
precedendo a Falange do Espírito de Verdade, vieram os Espíritos “batedores”
que faziam as mesas girar, promovendo os mais insólitos fenômenos de natureza
física. Abertas as “picadas”, os Espíritos esclarecidos deram, então, início à
tarefa de aplainar os caminhos, contando com o valioso concurso do mestre
lionês e tantos outros que lhe secundaram esforços.
Fonte: Livro Mediunidade e Evangelho - Odilon
Fernandes (Espírito) Psicografado por Carlos A. Baccelli - 6o.
Edição - Editora Instituto de Difusão Espírita - Araras - SP – Janeiro/2008..
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